domingo, 9 de novembro de 2014

Preconceito no motociclismo

Este é um assunto delicado, e ao mesmo tempo é um tabú.
É difícil achar discussões sobre o preconceito dentro do motociclismo, e é algo que os novatos que começam com motos de baixa cilindrada sentem na pele logo no começo de suas vidas de pilotos.


domingo, 26 de outubro de 2014

Cuidado com os pedestres

Nesse novo video, eu falo da minha opinião sobre os pedestres, de quanto eles são importantes no trânsito, e de como nós motociclistas podemos contribuir para uma convivência mais harmoniosa para com nossos colegas não motorizados.

Diferente dos videos anteriores, esse foi feito no formato moto vlog, ou seja, eu converso com vocês enquanto piloto a motoca.
Inicialmente, era pra ser um vídeo como os outros, onde eu gravo de dentro do quarto, porém, quando eu estava editando este video, achei que não ficou muito bom.
Como eu ia viajar para Santos hoje, aproveitei um pedaço do trajeto para falar do assunto, durante a pilotagem.

Não esqueçam de deixar seus comentários, ok? Abraço e boa semana a todos!


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Primeira vez na estrada: novo video!

Amigos, inicialmente, essa foi a sugestão da minha amiga Thereza, de fazer um video falando sobre a experiência de se pegar estrada com a moto.
Pesquisei bastante e me intimidei de pegar estrada com a moto pequena, embora muita gente viaja com motos de 125 cc.

Confesso que até dei umas voltinhas de 15 minutos na Imigrantes, mas nada comparado ao que fiz nesses últimos dois domingos.

Dêem seu "gostei" ou "não gostei" no vídeo e deixem seus comentários sobre o que acharam, beleza?
Abraço e boa semana ensolarada a todos!!!




sábado, 4 de outubro de 2014

Transição para a segunda moto

Nesse primeiro vídeo oficial falando sobre motocas e as loucas experiências de um motoqueiro novato, compartilho com os amigos como tem sido a experiência de ter a segunda moto e das dificuldades de adaptação para um veículo tão potente em relação ao anterior.
Espero que curtam! Valeu!


sábado, 27 de setembro de 2014

Dando notícias: O que acham dessa mudança?

Fala amigos, tudo bom?

Como havia comentado na página do Facebook, estou com uma lesão nas costas, o que tem tirado literalmente o meu sono (embora eu já esteja bem melhor) e também porque tenho pensado em mudar o formato do blog para um vlog.

Vejam o vídeo com os detalhes e deixem seus comentários, ok?

Abraço!


domingo, 7 de setembro de 2014

Nova motoca! Um grande salto.

E aí gente, tudo bom?

Semana passada não escrevi nenhum post, pois tive uma idéia maluca, de fazer um vídeo ao invés de escrever, mas teve dias da semana que eu estava ocupado, e teve dias que fiquei com preguiça mesmo. Andei pensando, e achei que talvez seria uma idéia bacana converter o blog em um vlog, ou seja, ao invés de escrever no blog, fazer vídeos, mantendo o mesmo conteúdo. Não decidi ainda se farei isso ou não, mas estou pensando em fazer uma experiência. Gostaria de saber a opinião de vocês sobre isso, ou nos comentários, ou na página do Facebook, ou, pra quem me conhece, pessoalmente mesmo!

Estou escrevendo um artigo para uma revista de programação, e meu prazo para entregar o texto está acabando, então dediquei bastante do meu tempo nisso, e na verdade, ainda não acabei, embora falte pouco!
Um outro motivo, além da preguiça, é que, depois de pensar muito e fazer muitas pesquisas, decidi comprar uma nova moto, então estava super ansioso pra buscá-la na concessionária, o que aconteceu na última quinta-feira.

A moto é linda, uma Triumph Bonneville T100, com 865 cilindradas e 68 cavalos de potência, um baita upgrade em comparação com a minha Suzuki Intruder com 125 cilindradas e 11 cavalos!
A discrepância é tamanha, que, nas primeiras pilotagens, achei que fosse ser arremessado pra trás, já que qualquer toquinho no acelerador, a moto dispara, sem falar que ela pesa o dobro da Intruder e consequentemente, é mais dificil de manobrar.
A moto tem um estilo clássico, mantendo o mesmo design da moto originalmente construida na década de 50, porém, com tecnologia de ponta, com injeção eletrônica e tudo o mais. O ronco do motor é sensacional, sem ser barulhento demais (nada contra motores barulhentos, pois muitas pessoas gostam).


Bom, como aqui o assunto é compartilhar experiências de um motoqueiro novato, tenho certeza de que você, assim como todos os meus amigos e familiares, deve estar pensando, o que  é que um cara com menos de 1 ano de carteira de moto e pouco mais de 6 meses de pilotagem está fazendo com um motão desses. E é em cima desse ponto que eu gostaria de explorar para esse post.

Curso intensivo sobre motocas

Pra quem me conhece pessoalmente, sabe que eu entrei de cabeça nesse negócio de moto. Um grande amigo até comentou, que sabia que eu ia gostar de pilotar, mas que não imaginava que eu iria curtir tanto assim!
É verdade, eu mesmo fui pego de surpresa com isso. Mas hoje, pensando bem e analisando tudo o que se passou nesse tempo, lembro que fiz (e ainda faço) muitas pesquisas, participo de cursos de pilotagem, assisto videos, blogs, me envolvo em grupos de motoqueiros, converso com bastante gente que tem moto, e acima de tudo, observo diariamente o meu comportamento e o dos outros motoqueiros na rua.

Eu já não sou tão novo, comparado com outras pessoas que ingressam no mundo da pilotagem de motos, o que é uma grande vantagem por um lado, mas que também é prejudicial por outro.
Por ser mais velho, tenho experiência no trânsito, sou cauteloso, não corro (e não gosto de correr), além de ter pessoas próximas a mim que sempre andaram de moto, o que me dá uma boa vantagem como motoqueiro novato.

Contudo, por ser mais velho, tenho muitos vícios, práticas que nem sempre são as melhores durante a condução, sem falar que tenho mais medo do que um rapaz jovem, e logo demoro mais pra aprender certas manobras, e a fazê-las com perfeição. Um amigo que tirou carta logo depois de mim, que tem 10 anos a menos do que eu, me "alcançou" em muito pouco tempo, e diria até que ele me "ultrapassou"!
Além do mais, pessoas mais jovens tendem a aprender as coisas mais rápido, sem falar no corpo e condicionamento físico que, na maioria dos casos, também é muito superior, e a saúde do corpo influencia muito na pilotagem!

Mas ainda, justamente por ser mais velho, tenho mais facilidade em reconhecer essas falhas, e corrigí-las mais cedo. E isso somado ao número de informações que eu tenho pesquisado, e feito os testes na prática, me levaram a ter um curso intensivo da vida real na pilotatgem. 
Ainda assim, insisto em lembrar que eu tenho certeza de que tenho muito a aprender, e que até motociclistas experientes aprendem coisas novas todos os dias, então isso não quer dizer que eu ache que já sei tudo, o que sei o suficiente. Pelo contrário, como tudo na vida, quanto mais aprendemos, mais descobrimos que não sabíamos quase nada!

Impressões do dia a dia

Acredito que eu praticamente toda cidade brasileira haja trânsito, nem que seja em um horário específico.
A cidade de São Paulo é conhecida pelo Brasil todo por uma série de motivos, mas eu percebo que para a maioria das pessoas, São Paulo é sinonimo de trânsito caótico! E não estão enganados, embora eu acredite que muitas cidades, hoje em dia, tem um trânsito próximo ou igual ao daqui!

Há ainda vários tipos de motoqueiros, com vários tipos de motos, e com propósitos diferentes.
No meu caso, tudo o que eu queria era fugir do trânsito, e tmbém fugir do transporte público. Não que eu ache o transporte público ruim, mas eu estava passando muito tempo dentro do metrô ou ônibus, e estava chegando em casa estressado, geralmente por causa da viagem, e quase nunca por causa do trabalho (que eu sempre gostei muito e ainda gosto do que faço).

Com o passar dos dias, andar de moto virou um negócio muito prazeroso, e eu passei a passear aos finais de semana, chegando até a levar a minha esposa na garupa as vezes, embora ela não goste tanto quanto eu, ainda que ela me apoie na decisão de ter moto, mesmo ficando preocupada.
Então, sem querer, a moto ganhou mais uma vantagem pra mim, o que a colocou em uma posição bastante considerável na minha vida.

Por isso, por ser uma moto fraca, de baixa cilindrada, e que eu passei a usar para ir e voltar do trabalho, mas também para lazer, comecei a analisar alguns pontos:


  • A Intruder 125 é uma moto menos potente do que outras motos 125 cc, inclusive scooters;
  • Meu estilo de pilotagem é muito imcompatível com o de muitos motoqueiros, que em sua grande maioria, gostam de correr, ou por terem motos mais potentes, ou por serem motoboys, que são mais experientes, ágeis e audaciosos do que eu;
  • Existe um preconceito mascarado com motoqueiros de motos de baixa cilindrada, vindo principalmente de outros motoqueiros, pois motoristas de carro geralmente tem preconceito por qualquer motoqueiro, não importa a moto;
  • Motos de baixa cilindrada tendem a deixar a desejar em uma manobra rápida, e é nítido o esforço feito pelo motor quando se tem que acelerar acima dos 70 km por hora;
  • Por ser uma moto mais simples e econômica, as vezes tenho a sensação de que não estou muito seguro, pois a moto parece ser muito frágil. Isso provavelmente é coisa da minha cabeça, pois a moto é um espetáculo;

A decisão de mudar

Após reparar nesses detalhes, passei a analisá-los diariamente, e comecei a me sentir menos satisfeito com a moto, até que me dei conta de que o problema não era a moto, e sim o meu estilo de pilotagem é que havia tomado forma. E foi então que comecei a considerar comprar uma moto mais potente.
Por muitas semanas, relutei comigo mesmo, já que tenho uma moto muito prática, econômica, de baixa manutenção e super bonita, que além de ter um estilo clássico, eu a reformei pra ficar ainda mais bonita, mas aquela pequena instatisfação continuou a me incomodar. Então comecei a pesquisar motos, e já tinha em mente quais os requisitos eu gostaria de ter na futura motoca:

  • Estilo clássico (de novo);
  • Cilindrada entre 250 e 400 cc;
  • Que fosse ano 2008 ou superior, por conta de manutenção, peças e seguro;
  • Que não fosse muito "gorda", pois precisaria passar pelos corredores;
  • Que fosse de uma marca confiável para evitar surpresas no futuro;
  • Um valor intermediário, entre R$ 10.000 e R$ 15.000;
E foi então que comecei a entrar em pânico, pois acabou que a minha configuração ideal se tornou muito exigente, e acabei esbarrando em uma série de dificuldades:

  • Motos clássicas são geralmente custom, e praticamente todas elas são muito largas para o corredor;
  • As motos com a cilindrada e o preço que eu queria eram mais velhas do que 2008;
  • As motos com o design, cilindrada e preço de acordo com o que eu esperava eram de uma marca duvidosa;
  • O Brasil é carente de motos clássicas/custom intermediárias, ou seja, eu teria que sair de uma moto de R$ 5.000 para uma de R$ 20.000 usada ou R$ 30.000 nova;
Dadas essas circunstâncias, uni o útil ao agradável, e pensei que talvez poderia comprar uma Harley Davidson Sportster 883 usada, uma moto que atenderia a todos os meus requisitos, com as ressalvas de ter uma cilindrada maior do que eu previa, e custando um valor um pouco fora do meu orçamento.
Como todo bom brasileiro, comecei a fazer as contas de como poderia pagar por uma moto dessas, apertando um pouco o cinto daqui, economizando uma grana mensal dali, vender umas coisas que não uso mais, como meu video game Wii U (e que ainda preciso vendê-lo, inclusive), e conclui de que, com um certo sacrifício, seria possível comprar a tal motoca.

A outra, e única opção, além da Sportster, seria a Triumph Bonneville T100, que foi relançada pela Triumph há pouco tempo, e que custa a mesma coisa, ou um pouquinho menos do que uma Sportster nova.
A Bonneville tinha mais a ver comigo, pelo estilo, pelo conforto, pelo motor mais silencioso, e pra mim era a escolha perfeita, com um pequeno problema: As usadas custavam quase o preço de uma nova, diferente da Harley que, por estar no mercado há mais tempo, poderia ser comprada por um valor mais em conta.

Foram mais algumas semanas de estudos, análises, pesquisas e diálgos com muita gente, voltei a fazer cálculos, estudei meu orçamento repetidas vezes, até que conclui que faria sentido comprar uma Bonneville 0km, se eu pagasse uma parte do valor e financiasse o resto. Ficaria mais barato dar uma boa entrada ao invés de comprar uma moto de R$ 20.000 usada, as parcelas não compometeriam drasticamente meu orçamento e nem minhas responsabilidades financeiras, como cartão de crédito e outras contas mensais.

Depois disso, passei outras semanas pensando se seria o correto a fazer, e se eu não me arrependeria depois. Eu sei que não é todo mundo que tem condições de adquirir um bem como esse, mas mesmo eu podendo comprá-la, estaria dando um passo maior do que a perna, tanto no upgrade de motos, mas principalmente, financeiramente falando. Se pelo menos o governo não cobrasse 60% do valor do veículo em impostos...

A aquisição

Eu tinha os cálculos, eu tinha exatamente o que eu queria, eu fui coerente e responsável acima da minha empolgação, então decidi ir até a concessionária fazer um test ride (eu falo test drive, mas eles sempre me corrigem que moto é "ride").
Por mais que eu soubesse o que eu queria, nunca havia andado na moto, e quando andei, tirando o estranhamento de pilotar algo tão potente em relação ao que eu estava habituado, foi amor a primeira vista!

O vendedor fez uma proposta e "segurou" a moto pra mim por 3 dias, e então acabei fechando o negócio numa segunda-feira.
Após quase duas semanas, por conta da demora do DETRAN em liberar a placa e realizar o emplacamento, peguei a motoca!
Fiz o seguro e já saí da concessionária com ela protegida e segui subindo a avenida Morumbi em direção à avenida Ibirapuera rindo à toa quenem criança. Lembrei de quando minha mãe me deu uma caixa com um monte de Transformers de presente de Natal!


E agora, José?

Bom, tirando o caminho de volta pra casa, andei na moto poucas vezes. Saí com ela no mesmo dia a noite e dei uma volta até o começo da Avenida Paulista e voltei.
Na sexta feira, fui trabalhar de trem, pois deixei a Intruder no trabalho, cheguei em casa e não saí mais.
Hoje, sábado, fui no café da manhã que a concessionária da Triumph promove todos os sábados, e depois fui visitar um amigo, e andei pela Raposo Tavares, primeira vez andando numa estrada.

A idéia inicial era substituir a moto menor, porém, como essa moto é mais cara, mais pesada, menos versátil nas manobras e com maior consumo de gasolina, muitas pessoas tem me sugerido para ficar com as duas, e utilizar a Intruder no dia a dia, e a Bonnie (é assim que o pessoal chama ela por aí haha) pra lazer e finais de semana.
Eu ainda não me decidi totalmente sobre isso, mas a princípio é isso que pretendo fazer mesmo, até porque a Intruder dá pouquíssimo gasto, e realmente não faria muita diferença ficar com as duas, a não ser o fato de que, se eu a vendesse, poderia abater um pequeno valor da moto nova. Porém, como a Intruder é uma moto muito barata, nao sei se faria muita diferença, então vou tocando dessa maneira, e só o tempo vai dizer o que é melhor ou não. A vida é assim, estamos em constante aprendizado e transformações!

Minha recomendação

Apesar de tudo o que eu fiz, pensei e descrevi aqui no blog, não recomendo esses passos a ninguém. Primeiro, porque você deve seguir seus próprios sentimentos, estilo de pilotagem, orçamento e assim por diante.
Se você tem condições de pagar por uma moto desse valor ou maior, tenha um pouco de paciência, adquira mais experiência antes de pegar uma moto tão potente e pesada. Se dinheiro não for problema pra você, pense que essa moto corre muito mais, e as chances de sofrer um acidente provavelmente aumentarão. Além do mais, se uma moto de 300 kg despencar sobre sua perna, é bem possível que você não consiga se mover, e até se machucar.

Começar a pilotar com uma moto de baixa cilindrada é o ideal, pois qualquer erro que você venha a cometer será em baixas velocidades, ou pelo menos, bem mais baixas do que em motos maiores, e logo, o risco de se machucar é menor. Além do mais, motos de baixa cilindrada são geralmente "magrinhas" e leves, e consequentemente mais versáteis para se manobrar no trânsito.
Porém, eu consideraria como baixa cilindrada e recomendável para iniciantes, não apenas motos de 125 cc, mas entre 125 e 250 cc. As motos de 250 cc tem o dobro da potência, e obviamente exigem maior prudência na pilotagem, mas conforme você for evoluindo como piloto, elas se tornarão mais adequadas, pois o tempo de resposta na aceleração e frenagem (pelo que pesquisei, todas possuem frio a disco, o que nem todas as 125 tem) são superiores às motos 125cc.

Bom gente, isso é tudo o que eu tinha pra essa semana. O post ficou meio comprido, mas serve pra compensar o da semana passada que eu não escrevi.
Se tiverem dúvidas, perguntas ou quiserem corrigir algo que eu tenha dito, por favor, deixem seus comentários.

Abraço!

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Sinais de que você deveria ter uma moto

Hoje, eu olhei a data de emissão da minha carteira de motoqueiro, e percebi que estou habilitado há 10 meses já, e andando de moto há 6 meses.
Apesar do pouco tempo, tive um, digamos, treinamento intensivo, já que andar em São Paulo realmente não é fácil, nem a pé!
Pra agravar ainda mais a coisa, comecei andando pela 23 de Maio, considerada por muitos motoqueiros experientes, um dos piores lugares pra andar de moto na cidade.

Já carta de motorista de carro eu já tenho há muito mais tempo, porém, desde que me mudei pra São Paulo, praticamente só usei o carro a passeio.
Eu admito, não sou um bom exemplo de motorista paulistano, pois como diz um amigo meu, quando eu estou parado no semáforo já saio dizendo que peguei trânsito, e que eu não conheço o verdadeiro trânsito da cidade. Ele está certo!

Porém, querendo ou não, ando pelas ruas dessa cidade há 14 anos, e é possível identificar o perfil de alguns motoristas de carro. Vou ainda mais longe, e digo que esse perfil não é exclusivo do pessoal daqui, e gostaria de comentar sobre alguns desses perfis, pois acredito que muita gente estaria muito melhor andando de moto do que de carro.
Sério, de coração, não é deboche nem nada, mas eu acredito de verdade que muita gente por aí poderia estar muito mais feliz e bem humorada, e pode estar perdendo tempo:

O apressado

Não importa o motivo, não importa a potência do motor, tem cara que está sempre com muita pressa!
Ontem, Domingão ensolarado e o pessoal dando um passeio por aí, todos descontraídos, sorridentes e animados, e uma moça atrás de mim, DESESPERADA pra passar. Mas o caminho na minha frente estava parado, e ainda assim a deixei passar. Ou seja, a moça ficou UM CARRO a frente do trânsito todo, e pior, andando no meio das faixas, pra poder aproveitar fosse lá qual dos dois lados abriria espaço primeiro.
Moça, você seria uma boa motoqueira, viu!? Não iria precisar pressionar o carro da frente, e poderia ficar ali entre as duas faixas sem atrapalhar ningúem. E mais legal ainda, poderia ir embora entre as duas filas de carros, e nem precisaria correr :D

O Ayrton Senna

Sério, a justificativa é super válida, e não é nem um pouco fútil. Conheço pouquíssimas pessoas que não gostam de velocidade. Cara, todo mundo gosta, seja correndo a pé, de bicicleta, pulando de para quedas, no video game.
Não tem jeito, é uma das maneiras mais gostosas de aumentar a adrenalina, e a Física é de graça rapaz, basta aumentar a velocidade de qualquer jeito que você conseguir!

Embora, seja um pouco parecido com o apressado, o amigo Senna tem paixão, ou até as vezes, obsessão por velocidade! É aquele cavalheiro (ou dama, porque não) que aproveita todas as oportunidades pra acelerar  carro, fazer valer a pena o investimento no ronco do motor e de repente, até chamar a atenção das mocinhas na rua, que provavelmente também são fãs da velocidade!

O problema é que deve ser super frustrante gostar de correr e ter que parar no trânsito ou pegar um motorista mais lerdo na sua frente. Sem contar que é super arriscado correr com um veículo desse tamanho, e que, deus me livre guarde, acontece um imprevisto e a pessoa perca o controle do carro, pode fazer um grandioso "strike" e machucando um monte de gente na calçada ou até mesmo no trânsito.

Senninha, pegue uma moto! A adrenalina sobe muito mais rápido e até com menos velocidade, pois você sente no corpo o vento conforme vai acelerando.
A agilidade da moto te dá liberdade pra fazer manobras seguras com velocidade mais alta, coisa mais arriscada de se fazer com o carro.
Existem motos cujo foco é totalmente na velocidade, e elas nem custam muito caro! Não perca tempo, tire sua carteira de motoqueiro e faça um test ride!

O lobo solitário

Esse é provavelmente a maioria. Nossa, aqui perto de casa tem uma rua perpendicular a avenida Jabaquara que fica super cheia de carros entre as 18 e as 20 da noite todo dia.
Claro, esse é apenas um pequeno exemplo de uma rua cheia. E nem é trânsito, e sim um semáforo que demora pra caramba pra abrir, pois a preferência é pra quem está na avenida.
Conclusão: você acaba ficando preso em 2 quarteirões por uns 4 ou 5 ciclos de abertura e fechamento do semáforo.
As vezes eu vou no supermercado da esquina (a pé, normalmente) e me deparo com aquela cena triiiiiiiiste, as pessoas cabisbaixas, chateadas, cansadas, apoiando a cabeça no braço, que está apoiado na porta aberta... é tão triste...

Então eu começo e brincar de contar quantas pessoas estão sozinhas no carro, e é aí que eu fico ainda mais triste! Quase todos os carros estão com apenas o motorista!
Então eu penso que aquela pessoa triste e moribunda poderia estar feliz e saltitante lá na frente com sua moto, esperando o semáforo abrir e seguir viagem, tomando um vento no rosto, em movimento, passeando, curtindo a paisagem.
Amigo solitário, você poderia estar ocupando o espaço de 1/4 do que seu carro ocupa, e poderia economizar ao menos 4 ciclos do semáforo! Pense nisso

O exibidão

Tem os que gostam de ostentar, tem os que são ricaços e adooooooooram desfilar com suas super máquinas caras e bonitas, tem o rapaz que adora fazer parte desse grupo e financia um baita carrão em 4 gerações, enfim, tem bastante gente por aí que, independente do motivo, curte chamar a atenção nas ruas.

Amigo, as vezes o seu carro é tão grande que ele acaba até fazendo o papel inverso, e assustando os outros ao invés de atraí-los.
Ou ainda, (ok, isso acontece com motos também, não vou dizer que estamos isentos) pode chamar a atneção de quem você não queria, como bandidos, ladrões, invejosos mal intencionados e fãs de Funk batidão.

Seja lá qual for o teu motivo, você poderia estar fazendo isso com uma moto linda! Tem pra todos os gostos e bolsos, que atraem todos os tipos de pessoas, inclusive as que você pretende chamar a atenção.
Preste a atenção quando ver uma moto bonita na rua. Elas chamam tanto, ou mais a atenção do que um carro.
E você ainda pode complementar, comprando um capacete estiloso e saindo com uma jaquera de couro irada! Compare você mesmo!

Existem outros perfis, mas esses são os que mais despertam a minha curiosidade por aí.
Eu não estou tentando convencer ninguem a comprar uma moto, ou tentar provar de que moto é legal pra caramba e todo mundo deveria ter uma, embora, sim, eu pense isso! haha

Moto é um treco perigoso, que exige muita, mas muuuuuuuita responsabilidade, e ainda assim, isso não te isenta de sofrer um acidente.
A questão é que, como eu já disse, acredito que muitas pessoas seriam mais felizes se tivessem uma moto.

Quer ver uns detalhes que eu não sabia, e só me dei conta depois que comecei a andar de motoca? Olha só:

  • Moto não paga Zona Azul
  • Moto estaciona em qualquer buraco
  • Não te pedem pra "tomar conta" da moto, os famosos flanelinhas
  • Não te pedem esmola no semáforo, nem te entrgam papel daquele "empreendimento imperdível a apenas 5 minutos do centro"
  • Alguns pdeágios são gratuitos
  • Alguns estacionamentos de Shoppings e afins são gratuitos
  • Economiza pra caramba com combustível (a maioria das motos comparadas aos carros)
  • Você pode sair mais tarde para o trabalho, e chega no horário
  • Você sai do trabalho e chega um pouquinho mais cedo em casa

Se você lê o meu blog, muito provavelmente já tem moto, ou gosta e um dia terá, ou está se convencendo de ter.
Sugiro mostrar esse post a aquele teu amigo que você lembrou quando leu o post, pois pode ser acabemos fazendo um bem muito grande pra esse amigo! Ou assim, pelo menos, é como a coisa soa dentro da minha cabeça maluca.

Assunto meio nada a ver, mas pelo menos eu me diverti escrevendo. Espero que tenham curtido de ler também.
Valeu!

sábado, 16 de agosto de 2014

Começando a pegar a manha: Novos cuidados

Fala pessoal, como estão? Nossa, não sei quanto a vocês, mas pra mim, até esses dias atrás era ano novo, e olha só, já estamos em Agosto!

Bom, como eu havia comentado, fiquei algumas semanas sem postar, pois estava viajando a trabalho, e os dias foram bem turbulentos por lá, onde eu estava.
Não bastasse essa correria, essa primeira semana de volta s São Paulo foi uma outra correria maluca no escritório. Acho que isso faz parte de se começar em um trabalho novo, com novos desafios, coisas a aprender, etc.

Um outro motivo pelo qual não escrevi, é que não achei que passei por muita coisa nova nos últimos dias, e das poucas coisas que reparei seriam muito pequenas pra fazer um post, ou no final das contas, nem achei que seria tão relevante postar algo que não tivesse muito a ver com motoqueiros novatos.

Foi então que eu me dei conta de que, talvez, só talvez, eu já não seja mais um motoqueiro novato, e que não terei mesmo muitas novidades pra falar sobre dicas e/ou minhas experiências como um motoqueiro novato.

Mas, calma lá! Se você é um motoqueiro experiente, e está lendo isso, provavelmente pode estar pensando: "ha!, coitado. Anda de moto há seis meses e se acha o Motoqueiro Fantasma kkkk".
Pois é, amigo experiente, eu tenho essa noção, e o senhor está coberto de razão!

Encurtando a história, eu penso sim que tenho muito o que aprender, muitas experiências a vivenciar, e acho que mesmo o cara que pilota há anos, volta e meia acabará aprendendo algo novo. Sabe quando você pensa "pqp, faz anos que eu faço isso, e hoje descobri um detalhezinho super importante que eu vejo caras bem menos experientes fazendo há tempos". Pois é, tudo na vida é assim, só não enxerga quem não quer. E não dar o braço a torcer e ignorar essa condição do ser humano pode ser um erro grave. Ainda mais em se tratando de algo como pilotar uma motoca!!!

Esse post será basicamente sobre isso, e você muito provavelmente já ouviu alguem dizer: "é na hora que você fica confiante ao pilotar que o risco aumenta". E eu tenho seguido essa teoria, pelo simples fato de que prevenir nunca é demais, por mais que esse argumento da confiança seja a maior besteira do mundo.

Ok, uma vez mais: procure sempre ser um motoqueiro melhor, mas nunca ignore a condição humana de estar sempre aprendendo algo, e jamais pense que você sabe tudo.

Como saber que não sou mais novato

Isso sim é algo que podemos discutir com mais certeza, e ainda assim, eu consideraria algumas ressalvas.
Quando comecei a pilotar, meu maior inimigo foi a minha própria cabeça. Muita preocupação ao mesmo tempo, umas com razão e outras sem importância, mas ainda assim, aquele conjunto de preocupações disputavam acirradamente um espaço na minha cabeça com a minha vontade de me concentrar na pilotagem.

O que quero dizer com isso é que, além do óbvio medo de pilotar e de sofrer um acidente, andava com o peso de ter amigos e familiares preocupadíssimos comigo, dizendo que moto é perigoso, o medo de cair, a preocupação com outros motoristas e motoqueiros impacientes, a falta de destreza ao trocar de marchas e não deixar a moto morrer no meio de uma avenida, o medo de esquecer algo obrigatório como abaixar a viseira do capacete, e tomar uma multa por motivo bobo, e assim por diante.

E, como tudo no nosso corpo está interligado, essa preocupação comprometia radicalmente minha pilotagem, deixando meus braços e pernas super tensos.
Por muitos dias eu dirigi super tenso. O pessoal do trabalho na época dizia que eu parecia um quadradinho em cima da moto de tão duro!
A situação é horrível, pois você tem consciência de que não sabe pilotar direito ainda, e a sua confiança em si mesmo é quase nula. Que situação...

Você tem a sensação de que todo mundo sabe que você não sabe pilotar direito, quando na verdade é ao contrário. Todo mundo assume que você sabe pilotar, e muito mal, por sinal. Por isso as pessoas buzinam e são impacientes. Isso apenas acenuta o nervosismo, medo e a falta de confiança.
Se um carro ou uma moto faz uma barbeiragem na sua frente, quase nunca se é capaz de avaliar se aquilo estava certo ou errado, ou se foi você quem errou ou ocasionou uma manobra ruim de outro veículo.

Essa tensão do corpo compromete direamente na pilotagem, pois moto se pilota com o corpo todo. E se o seu corpo estiver duro feito o povo brasileiro quando o Collor pegou a grana da poupança de todo mundo, sua pilotagem vai ser uma verdadeira desgraça.
Por algumas semanas, cheguei a pensar em desistir de pilotar moto, pois aquilo parecia um inferno eterno, onde eu ficava nervoso e tenso, prejudicava a própria pilotagem, e isso me deixava mais nervoso, formando um ciclo horrível. Parecia que aquilo nunca mais ia acabar.

No começo realmente tudo foi muito dificil, mas a cada kilometro que eu andava, reparava em cada detalhe, na mudança de marcha errada, na curva mal feita, na seta que eu esqueci de desligar. Reparava nos outros motoqueiros e em seus estilos de pilotagem. Tinha consciência de que cada pessoa tem um estilo, entçao eu tentava reparar nas manobras em comum entre todos os motoqueiros que eu prestava atenção.

Com o passar das semanas, eu comecei a melhorar nesses pequenos detalhes. Chegava em casa do trabalho e ficava pensando no trajeto, nos buracos do asfalto, no carro que me fechou, no motoqueiro que ficava buzinando intermitentemente pra eu sair da frente dele como se ele fosse dono da avenida.
De repente, o ciclo do mal começou a se quebrar, e eu comecei a sair do básico. Cometi erros, vários erros, experimentei coisas, bati em retrovisores, deixei a moto morrer váaaaaaaarias vezes, e aos poucos isso foi diminuindo até deixar de acontecer.

Passada essa fase inicial, senti que era hora de experimentar manobras mais complexas, como fazer curvas com a moto mais deitada, controlar corretamente a troca de marchas, fazer curvas de emergência, jogar o corpo para os lados. Passei a confiar mais em mim e na moto, e não tive problemas em efetuar as manobras que eu queria.
Fiquei mais confiante ao passar entre os carros no corredor, sem nem sequer chegar perto dos retrovisores. Aprendi um pouco melhor a hora certa de recuar a moto ou acelerar mais para passar entre carros. Memorizei muitas situações onde carros, motos e pedestres estiveram em posição de negligência ou vítimas de terceiros, e com isso, passei a prever acidentes com maior destreza.

Após passar por tudo isso, eu me enganei pela primeira vez, e achei que eu não era mais um novato, até começar a repetir alguns erros novamente. Aquele sentimento de conquista e de confiança foram um pouco perdidos, pois penso que uma pessoa com um mínimo de experiência não deveria cometer tamanhos errinhos bobos.
Eu não me intimidei, e repeti o processo de auto-avaliação, voltei a pensar no trajeto percorrido, corrigi detalhes, me certifiquei que pequenos errinhos não voltassem a acontecer, e então, finalmente, achei que não era mais um novato.

E agora, é onde estou. Fiquei duas semanas fora sem pilotar, e voltei tranquilamente, sem errar nada, sem cometer erros básicos, andando confiante nas ruas e nos corredores.
Hoje, sou capaz de identificar quando um motoqueiro está certo ou errado, pelo menos nos casos mais comuns, obviamente.
Algumas vezes, evito ou desisto de uma manobra, e vejo outro motoqueiro fazendo-a e se dando mal, infelizmente. Claro, o contrário também acontece frequentemente, o que demonstra que ainda tenho muito o que aprender, e sempre terei.

A minha maior preocupação no momento, é a minha confiança. Na Segunda-feira, saí para trabalhar, e acabei acordando um pouco mais cedo, o que fez com que eu pegasse muito pouco trânsito na hora de descer a Av. dos Bandeirantes. Fiquei surpreso com a facilidade que lidei com a descida, minhas manobras e, principalmente, com a velocidade que cheguei no trabalho.
Ao passo em que fiquei super contente (sem falar que andar de moto sem trânsito é muito mais gostoso), senti que, talvez, eu estivesse um pouco confiante demais, e aquilo me preocupou.

Perto da hora de voltar pra casa, pesquisei no Google Maps se havia um caminho alternativo para voltar pra casa, ma esperança de pegar um caminho mais tranquilo, ainda que mais longo e demorado.
Fiz um caminho pegando muitos semáforos e com muitos carros, mas que foi bem menos tenso do que o corredor da Av. dos Bandeirantes, ainda que cheio de motoristas muito negligentes e desatentos. Mas aquilo foi bom, pois foi uma nova experiência e um exercício de paciência e atenção, porém, estava bem mais relaxado.

Acho que foi uma excelente decisão, pois confesso que fiquei com medo de subir a avenida com tanta confiança, e acabar sofrendo um acidente.
Além do mais, considero um bonus ter aprendido esse novo caminho, pois no dia seguinte choveu na hora de ir pra casa, e acabei o repetindo. Nesse dia as coisas foram melhores, pois ja sabia por onde teria que passar, apesar da chuva e dos motoristas, que parece que ficaram piores em relação ao dia anterior.

Esses dois dias voltando pra casa por um caminho mais calmo me fez perceber que, no final das contas, não era assim tão vantajoso e relaxante quanto eu pensei, mas que era sem dúvida uma boa alternativa pra quando eu estiver cansado ou mais distraído. Porém, a realidade é que, apesar da minha preocupação com excesso de confiança, a realidade é que eu me tornei realmente um piloto melhor!

O que me traz ao dilema atual: ter plena consciência de que eu estou evoluindo como piloto, mantendo sempre em mente de que a vida no trânsito será sempre imprevisível. E que não importa quanta experiência eu tenha, sempre haverá algo novo que eu ainda não havia pensado ou previsto.

Pilotar moto é gostoso demais, e eu aproveito cada metro percorrido, cada vento no rosto, cada ronco do motor. Estragar isso seria uma pena, perder o prazer dos detalhes. É por isso que devemos ponderar os sentimentos, e nunca nos esquecermos que pra podermos curtir tudo isso, precisamos estar vivos e saudáveis. Pense nos seus familiares, na sua esposa, no seu marido, e volte sempre bem pra casa para abraçá-los bem forte.

Espero que esse post não tenha sido muito aquém das expectativas, pois pra mim, ele ainda é muito interessante para novatos :)

Ah sim, já ia me esquecendo. Estou começando a pensar em comprar uma moto de cilindrada maior. Se você me perguntar se eu realmente preciso, admito que não, mas que estou com vontade de ter uma motoca mais parruda e bonita, isso sim.
Não que eu não goste da minha moto, e eu acho ela muito mais bonita do que muita moto cara por aí.
Não está nada decidido, e não posso comprometer meu bolso com algo desse tipo no momento, mas certamente é algo que estou considerando e estudando desde já.

Abraço e bom final de semana a todos!

domingo, 20 de julho de 2014

Conheça a sua moto

Fala amigos, como vão? 
Tenho notado que o blog tem sido visitado com maior frequência, e confesso que ao mesmo tempo fiquei feliz e surpreso, pois não esperava nem metade dos acessos que tenho tido. 
Então, deixo aqui meu muito obrigado a vocês que dedicam um pouco do seu tempo pra ler o blog, e espero de coração que esteja sendo útil pra vocês!

Esse post será provavelmente o último pelas próximas duas semanas, ou talvez até três, pois vou estar fora de São Paulo a trabalho e não sei ainda como serão meus dias por lá. Uma coisa é certeza: eu não andarei de moto por 2 semanas, então certamente não terei novidades nesse período.
Ainda assim, sempre tenho coisas pra falar, pois acontece muita coisa durante a semana, e eu acabo fazendo um post deixando alguns assuntos de fora, senão os posts ficarão maiores do que já são!

Eu ainda estarei por aqui até domingo que vem, dia 27 de Julho, que é quando eu viajo, então se tudo estiver bem organizado para a viagem, eu devo conseguir fazer mais um post antes de ir. Vamos ver...

Falando em assuntos que ficam para trás, essa semana gostaria de falar sobre algo que venho aprendendo já há algum tempo, e que não foi sequer mencionado anteriormente pela minha falta de conhecimento, e que ainda conheço pouco: conhecer a moto.
E quando eu digo "conhecer a moto", me refiro a conhecer suas peças, sua função, suas limitações e vantagens.

Quando eu tinha 21 anos, consegui comprar meu primeiro carro, mesmo tendo que me comprometer com alguns meses de parcelas, mas quando se tem essa idade o esforço vale a pena para ter algo tão sonhado, pelo menos por mim.
O problema é que eu não entendia nada de carros, então recorri ao meu super herói preferido: meu pai!
Combinamos que um carro adequado seria um Gol, que tinha uma boa mecânica, não dava problemas e a manutenção era barata. Então, pedi para o meu pai comprar o carro pra mim, e eu só enviaria o dinheiro. Como se tratava de um carro usado, era importante ter alguem experiente para ver o carro, seus detalhes e imperfeições, coisa que eu não iria conseguir de jeito nenhum, então finalmente conquistei aquele sonho de adolescente!

Ao passo em que, exatamente como  meu pai explicou, o carro não dava nenhuma dor de cabeça, acabei ficando mimado e acomodado, pois nunca precisei me preocupar em entender muito da mecância do carro, me limitando ao básico.
Normalmente o carro é um veículo bastante seguro, com as peças bem protegidas, e geralmente só vemos o seu acabamento, pois o motor, tanque, freio e outras peças acabam ficando por debaixo desse acabamento.
Então, até hoje, com um carro mais moderno, embora ainda um Gol, a preocupação é ainda menor, pois a tecnologia do carro é muito superior à do meu Golzinho lá de 2001.

Quando peguei a moto, de cara, senti na pele a diferença entre um veículo com injeção eletrônica e um carburado. A moto tem mais dificuldade de "pegar" no frio, e tenho que deixar o afogador aberto por um tempo, e depois fechá-lo para o motor não afogar e morrer de novo.
Claro, esse exemplo não vale para todo mundo, pois muitas motos hoje em dia já têm injeção eletrônica, e talvez alguns de vocês não se sensibilizem tanto com essa situação tanto quanto eu.

Porém, há vários outros aspectos da moto que é muito importante que conheçamos. 
Diferente do carro, não todas, mas muitas motos tem algumas partes expostas, como motor freios, cabos e tanque do combustível. Além do mais, não importa o quão segura a moto seja, estamos indiscutivelmente mais expostos em uma moto do que em um carro, e termos conhecimento de suas peças e mecância faz toda a diferença nesse sentido.

Antes de ir além, quero deixar claro que eu mesmo ainda estou aprendendo sobre as peças, e, para evitar frustrações, saibam que não falarei muito (ou quase nada) sobre peças específicas ou mecânica. Então, se você está aguardando eu falar disso neste post, me desculpe. Eu também gostaria de saber mais haha.

Mas então, porque fazer um post dizendo que peças são importantes se não se vai falar sobre elas? Ou ainda, não queremos ou não temos tempo para aprender sobre essas coisas, e é muito mais prático deixar essa responsabilidade para o mecânico.
A resposta curta para todas as questões acima é que conhecer um mínimo pode lhe salvar a vida, ou, no pior dos casos, economizar uma grana!

Sem mais delongas, ultimamente tenho me focado no que considero o básico:
  • Rodas
  • Pneus
  • Motor
  • Freios
  • Amortecedores
  • Embreagem
É difícil dizer aqui o que é mais importante, então considero essas partes da moto de grande e mesmo grau de importância.

Rodas
As rodas são mais sofisticadas do que eu pensava, pois há uma série de outras peças ali que acabam passando despercebidas quando somos novos. Sem falar nas rodas com freio a disco que são ainda mais complexas. O que se deve prestar atenção é se os raios estão em ordem, caso a roda seja raiada, verificar ver se a roda não está danificada/arranhada, principalmente na região mais próxima ao pneu.
Também é legal reparar se não tem nenhuma parte enferrujada, não só na roda, claro.

Pneus
Tá bom, se eu fosse eleger uma parte mais importante, provavelmente priorizaria os pneus, afinal de contas, é a única parte que está em contato constante com o solo, e sendo constantemente usada, não importa o que você faça.
Os pneus, assim como praticamente todas as peças da moto, possuem um período de vida, e você deve trocá-los após esse período, não importa o quanto custe, e não importa o quanto você gostaria de gastar essa grana com o novo LP do Só Pra Contrariar!!! Sua vida depende desse pneu, então não economize!
Além disso, calibre o pneu toda semana. Veja qual é a calibragem adequada para o pneu dianteiro e traseiro (provavelmente é uma calibragem para cada um) e faça isso regularmente.
Aproveite essa parada semanal para dar uma inspecionada superficial, em busca de rachaduras e imperfeições.

Motor
Se você é novato e não é mecânico como eu deve estar se perguntando o que diabos podemos avaliar no motor. Bom, a primeira coisa que precisa ser feito é trocar o óleo e o filtro do motor regularmente de acordo com o modelo de sua moto. Isso deve estar no manual, ou você pode pesquisar na Internet, ou pergunte ao seu mecânico de confiança. É importantíssimo fazer as trocas de óleo dentro dos prazos.
Além disso, o que eu costumo fazer é reparar nas motos de mesmo modelo da minha e escutar o som de seus motores e escapamento, e comparar com o da minha. Não é muito efetivo, mas pode lhe dar uma pista de que algo possa estar errado, caso você repare que o som do seu motor é muito diferente dos outros.
Uma vez que você conheça o som do motor da moto, é possível julgar por si só se algo pode estar errado ou não. E claro, na dúvida, leve a moto ao mecânico imediatamente.
Ah sim, e por último, evite acelerar desnecessariamente. Pense que o motor é uma peça que está sendo utilizada tanto ou mais do que os pneus, pois ele continua girando quando estamos parados no semáforo, por exemplo. Se o motor parar, você dança. Se o pneu furar, ou a gasolina estiver na reserva, a moto ainda anda. Sem o motor, só na descida :)

Freios
Já falei por aqui sobre o uso dos freios. Eles são dispositivos muito engenhosos, pois temos o manete do freio que aciona cabos, que acionam os freios, que fazem a roda da moto perder velocidade.
Então, para nós, aquele simples movimento de pressionar o manete é quase que como uma mágica. Mas na verdade é engenharia pura, e das boas!
Se você for daquelas pessoas mais abençoadas, digamos, que tem condições de ter motos com freios ABS, pode ficar mais despreocupado, pois esses freios possuem uma tecnologia que praticamente faz o trabalho de frenagem para você, bastando apertar o manete!
Para motos sem freios ABS é importante frear gradualmente, primeiro porque se você frear de uma vez a roda irá travar e a moto vai derrapar. 
Mas também para manter toda aquele combinado de pecinhas funcionando corretamente, sem correr o risco de estragar nenhuma delas. Ou seja, não precisa entender muito pra saber que uma parte tão importante que faz a sua moto parar e é cheia de pecinhas precisa de cuidados 

Amortecedores
Nao tenho muito para falar aqui. Apenas pense que, se não fosse pelo amortecedor, se você passasse em cima do menor dos buracos, sua bunda estaria no seu pescoço agora!
Seu papel é claro: fazer os impactos entre o solo / moto / motociclista mais suaves. Não só eles suavizaram o impacto que você sente, evitando que se machuque, como também suavisa impactos na própria moto.
É importante notar barulhos de impacto quando passar em um buraco, ou se você não estiver se sentindo confortável, procure um mecânico e consulte na internet opções de amortecedores mais altos e/ou macios.
Os amortecedores fazem parte do seu conforto durante a pilotagem, logo esse conforto compromete diretamente a sua facilidade de pilotar.

Embreagem
Como sempre, essa parte pode não ser muito relevante para aqueles que possuem scooters, pois na sua maioria, não é preciso trocar de marcha, bastando apenas acelerar.
O motivo de eu ter adicionado a embreagem nessa lista é que foi a parte que eu mais demorei para aprender a usar de maneira adequada, e ainda acho que as vezes eu piso na bola com ela.
Assim como o manete do freio, o da embreagem percorre um caminho maluco por sua moto. Ele está conectado a um cabo, que faz com que o trocador de marcha fique folgado para que então você possa mudar a marcha da moto. Mas não acaba por aí! Quando você finaliza a troca de marchas, precisa soltar a embreagem, e só então o motor passará a trabalhar na nova marcha. Percebe como é um pouco mais complexo do que o freio (pelo menos, aparentemente)?
O lance da embreagem é que o tempo em que você faz as trocas e a suavidade em que você a solta são importantes pra caramba. Primeiro, é importante acionar a embreagem totalmente, de maneira a não deixar a marcha "raspar", prezando assim pela conservação da peça.
Depois da troca de marcha, vem a parte que eu acho difícil: soltar gradativamente a embreagem, e ao mesmo tempo, fazer isso de forma rápida. Precisa ser rápido, pois não podemos perder velocidade, senão o aumento da marcha será prejudicado e o motor fará mais força do que devia. Precisa ser suave, pois se você soltar a embreagem de uma vez, vai dar um tranco no processo todo, podendo prejudicar a corrente, a roda, o motor, enfim, vai dar um tranco em partes que eu nem conheço direito ainda.

Caramba, você ainda está lendo! Então, vamos terminar logo com esse post, antes que você desista!
Procure dar uma olhada nas partes de ferro da moto, como bagageiro, guidão, etc. Muitas dessas partes podem ser trocadas, alteradas por nós mesmos, sem muito conhecimento.
Se já não possuir, procure comprar ferramentas para desparafusar essas partes. O legal da maioria das motos é que muitas peças são fáceis de colocar e muitas peças alternativas podem ser usadas, sendo que as vezes, peças paralelas servem melhor do que as originais, dependendo do propósito.

Como já comentei antes, minha moto é uma Suzuki Intruder 125, custom, então é muito comum fazer modificações nela, e eu entrei nessa brincadeira de mexer na moto. Obviamente fiz poucas mudanças, mas pretendo fazer um post sobre isso com mais detalhes algum dia.
É uma experiência bacana, e creio que todos deveriam tentar soltar alguns parafusos ao menos uma vez, pois senti que isso aumentou consideravelmente o meu entendimento do veículo.

Pra fechar, segue uma foto da motoca, do jeito que está agora! Valeu pessoal!

domingo, 13 de julho de 2014

Corredores

Como vão, amigos? Tudo bom? O pessoal mais ligado em futebol deve estar bastante chateado pela derrota histórica da seleção brasileira para a Alemanha, como podemos notar facilmente nas redes sociais.
A boa notícia é que uma partida de futebol não afeta nada em nossas vidas, e felizmente, continua dependendo apenas de nós mesmos termos um futuro melhor. Então, bola pra frente!

Bom, como o foco deste blog é falar exclusivamente sobre as experiências de um motoqueiro novato, vejo duas coisas acontecendo: a primeira é a repetição de alguns assuntos, ou por criar um post detalhado de um assunto já abordado ou para falar das minhas impressões sobre determinado tema após adquirir mais experiência; a segunda coisa é que chegará um momento em que eu não saberei mais sobre o que falar, e nesse dia o blog morrerá. Quem sabe, nesse dia, como alguns amigos já brincaram, o blog não mude para o "Diário do Motoqueiro Experiente" ou algo do tipo :D

Nesse post vou falar sobre os corredores, um assunto que já havia sido abordado antes, mas que pretendo detalhar ao máximo e tentar transmitir todos os meus pensamentos sobre ele.
Posso começar dizendo que o corredor é sem dúvida uma das maiores vantagens de se ter uma moto, principalmente para aqueles que a usam no dia a dia.
A moto não só é fina o bastante para passar no corredor, como também versátil e ágil para trocar de faixas por entre os carros, caso uma faixa tenha algum tipo de problema como um carro quebrado ou acidente.

Já para o pessoal que usa a moto mais casualmente, ou possui motos muito grandes, o corredor não chega a ser assim tão vantajoso, mas ainda é consideravelmente útil, pois mesmo se as motocas forem grandonas, ainda são menores do que os carros, o que possibilit passar por espaços que os carros não conseguiriam passar.

Vale lembrar aqui, pessoal, que não estou levando em conta a polêmica sobre os corredores, se são permitidos ou não.
Existem leis de trânsito que explicam, de maneira muito subjetiva, qual é o papel do motociclista em relação às faixas e distâncias dos outros carros, e nenhuma dessas leis esclarece bem o que é ou não permitido.
Sobre essa polêmica, posso dizer que, se as motos tivessem que andar como os carros, uma série de novos problemas iriam surgir, como o aumento catastrófico do trânsito, mais acidentes (um carro bater na traseira de uma moto é muito mais grave do que na traseira de outro carro) e, talvez o mais grave de todos, a minha pizza iria chegar gelada!

Enfim, a primeira coisa a se perceber é ter noção das "faixas imaginárias" entre as faixas, ou seja, o espaço entre os carros que a moto pode passar. Se você é motorista de carros, pode encontrar mais dificuldades em se habituar com essas faixas, assim como aconteceu (e ainda acontece) comigo.
Ou seja, em uma via com 3 faixas, o motoqueiro acaba tendo 5 opções de passagem, incluindo os 2 corredores entre as faixas. Isso parece muito bom a princípio, mas a atenção e a responsabilidade que precisamos ter aumenta junto com as opções de faixa!

Veja, o fato de estarmos em um veículo muito mais ágil do que os carros não nos isenta da responsabilidade de zelar por eles também! Se você decide, em cima da hora, trocar da faixa para o corredor, ou ainda para a outra faixa, é bem provável que o motorista do carro atrás de você seja pego de surpresa, fazendo com que ele assuma uma postura de emergência, o que pode causar um acidente. Lembre-se sempre: um acidente é sempre um acidente, nos envolvendo ou não. É da responsabilidade de todos manter a sociedade do trânsito com as melhores condições possíveis.

Mais importante do que se preocupar com os carros é tomar cuidado com outras motos. Elas são tão ou mais ágeis e rápidas do que a sua moto, e as chances de colisão são bem grandes, pois normalmente as motos não tem a capacidade de frear e/ou parar tão eficazmente quanto os carros.
Uma coisa que eu reparei essa semana é que quase ninguém vai presumir que você é novato, tanto no carro quanto na moto, e isso gera impaciência nas pessoas. Eu mesmo já me peguei xingando o motorista da frente, passando por ele com raiva, e quando olho para o cara dentro do carro, dá pra notar que ele está nervoso e acuado. É nesse momento que eu me sinto mal haha.

Uma das coisas mais importantes a fazer, mesmo que você vá rapidamente para o corredor para ultrapassar um carro e logo voltar a faixa que estava antes é DAR SETA. Sempre sinalize qualquer troca de faixa, curva, etc. No começo é mais difícil nos habituarmos à seta, pois diferente do carro, a seta não desliga automaticamente após a curva, porém, em trocas de faixa, mesmo os carros não fazem o desligamento automático sempre. Então, procure se acostumar a usar as setas!

Uma vez que você estiver andando no corredor, procure aprender a se familiarizar com a largura total de sua moto em relação ao corredor. Eu costumo fazer essa comparação quando estou parado no semáforo, pois é um momento em que todo o trânsito estará parado, e você terá tempo para realizar essas experiências.
Não leva tanto tempo para aprender, se você fizer isso por uns 2 ou 3 dias seguidos, medindo seu guidão em relação aos outros carros, analisando o quão próximo você pode ficar, ver quais retrovisores de quais tipos de carros poderiam bater no seu guidão/retrovisor, e em pouco tempo você saberá quando poderá ou não entrar no corredor.

E quando você perceber que não consegue entrar, uma alternativa é analisar a faixa ao lado, ver se é possível passar com a moto entre os carros e tentar o outro corredor.
Para tal, uma vez que você entrou com a moto entre os carros, pare totalmente a moto e veja se não vem outra moto naquele corredor. Quando o caminho estiver livre, entre suavemente e siga tranquilo.

Quando estiver em movimento no corredor, procure não andar em cima do olho de gato, pois este fará com que o pneu da moto seja jogado para fora, fazendo com que ela trepide e você pode perder o equilíbrio por um instante. É importante, nessas horas, manter as pernas bem firmes em volta do tanque, pois isso garantirá uma maior estabilidade caso você perca a firmeza das mãos no guidão. É claro que em vários momentos acabamos passando por cima dos olhos de gato, mas procure evitar passar por cima deles sempre que possível.

Pelo menos aqui em São Paulo, até agora, eu percebo que a maioria dos motoqueiros ficam à esquerda do olho de gato. Não sei se é intencional que eles fazem isso, mas eu tenho feito o mesmo e confirmo que me sinto mais confortável permanecendo do lado esquerdo em relação ao olho de gato.

Uma vez que você tiver se familiarizado com esses procedimentos, é hora de começar a aprender de fato a andar pelo corredor.
O que eu fazia, e ainda faço, é não correr, e manter a calma em relação aos motoqueiros apressados que vem atrás de você. Alguns deles, muito apressados, trocam de caminho pra te passar, o que na minha opinião parece o certo a fazer.
Eu mantenho uma distância segura da moto da frente, pois sei que os freios não são tão eficazes.

Aí vem a parte mais complicada, na minha opinião: ter que vigiar a moto à minha frente e os carros dos dois lados! Se você manter uma distância segura da moto da frente, talvez a sua preocupação seja quase 90% em relação aos carros.
Muitos motoristas não têm idéia da complexidade de se andar de moto, e não pensam duas vezes em entrar bruscamente na sua frente para trocarem de faixas, muitas vezes com a a famosa "seta depois que metade do carro já está na outra faixa".

Lembre-se de duas coisas importantes que já falei por aqui nessas horas:

  1. A responsabilidade em uma situação desse tipo é sempre do motoqueiro, pois ele é o cara que deve manter uma pilotagem segura e pró ativa;
  2. O livre arbítrio dos motoristas estará sempre acima da lei
Nunca conte com o famoso "eu estou certo, ele está cometendo uma infração". É a sua vida em jogo, então esqueça disso!

Outra coisa que percebo é que a maioria dos motoqueiros correm como se não houvesse amanhã pelos corredores, mesmo quando os carros estão freando.
Ora, se os carros estão freando, não é porque você está no corredor que não deve se preocupar. Pode ter acontecido algo que comprometa a todos, e você deveria ao menos parar de acelerar, pelo menos até se certificar de que a parada dos carros foi apenas devido ao trânsito, e que o corredor continua livre para você.

Falando em reduzir a velocidade, há uma série de situações em que eu recomendo parar de acelerar e ficar preparado para frear durante a pilotagem no corredor:
  1. Quando sua visibilidade for prejudicada por um veículo grande
  2. Quando sua visibilidade for prejudicada por um veículo comprido
  3. Quando sua visibilidade for prejudicada por um veículo grande E comprido
  4. Quando os carros começarem as frear
  5. Quando a via fizer uma curva, e você perderá momentaneamente a visibilidade


Voltando um pouco a falar sobre os carros que trocam de faixa, vejo que muitos motoqueiros não gostam, mas esse pensamento está errado. Trocar de faixas é uma manobra muito comum, e frear a moto por um breve instante não vai prejudicar em quase nada o seu tempo de chegada ao destino.
Além do mais, diria que na maioria das vezes os motoristas sinalizam bem quando querem trocar de faixa. Nessa siatuação, se você estiver muito próximo ao veículo, reduza a velocidade e dê uma leve buzinada. Certifique-se de que o motorista irá te esperar e passe em velocidade branda, pois pode ser que algo aconteça e o motorista acelere em sua direção, e em uma situação inevitável de colisão, estar em baixa velocidade é o melhor que se pode fazer.

É isso aí, amigos. Acho que isso é tudo o que eu tinha pra falar sobre o corredor, pelo menos até agora.
Se você não estiver se sentindo preparado para encarar os corredores, ande na faixa normal junto com os carros e procure analisar as motos que estão no corredor.
Procure andar em vias com pouco trânsito e ande entre os carros para ver como você se sente até ficar confiante o bastante para ir um passo adiante.

Não se intimide pelos outros motoqueiros e preze pela sua segurança. É muito melhor que você e todos os outros envolvidos no trânsito fiquem bem do que chegar 2 minutos mais cedo no seu destino. Nosso trânsito é muito carente de bons condutores, e é importante que nós novatos aprendamos o correto e continuemos a fazer o melhor sempre.

Valeu!

domingo, 6 de julho de 2014

Novo caminho, novos desafios

Fala pessoal, como vão? Estão curtindo a Copa e o Brasil chegando nas semi finais?
Na última sexta-feira fomos dispensados às 15 horas para podermos assistir ao jogo da seleção, bem como grande parte das empresas fizeram. Eu nunca havia visto a avenida Berrine tão deserta!

Como já havia comentado antes, essa foi a primeira semana no trabalho novo, e com ele, o caminho novo, o que gera uma certa preocupação quando se é um novato na arte de pilotar motos!
Foi uma semana curta, pois comecei na terça-feira e ainda por cima saimos mais cedo na sexta, então não cheguei a trabalhar nem uma semana inteira, o que de certa forma não acaba sendo tão ruim, já que os primeiros dias em um novo trabalho normalmente são meio complicadas mesmo.

Apesar do novo e desconhecido caminho (de moto, pelo menos, pois de carro, já estava familiarizado com a avenida) acabaram ficando ao meu favor uma distância menor e um local de trabalho mais próximo de casa, e com isso, tenho saído de casa mais tarde e chegando mais cedo, pelo menos até minhas tarefas começarem a aumentar.

Para evitar grandes surpresas, dei uma volta no trajeto novo na semana retrasada, embora tenha sido em um horário bem diferente dos horários em que eu fosse pilotar no dia a dia.
Talvez seja porque eu seja inexperiente, mas andar em um local novo de moto parece não ser tão simples quanto de carro.
Um asfalto mais acidentado ou sujo não é tão preocupante quando estamos de carro, mas pode ser crucial quando estamos de moto. Então, no começo da semana, andei bem cauteloso tentando estudar e me habituar ao asfalto da avenida dos Bandeirantes.
No final das contas, ou pelo menos até o momento, não houve nada muito diferente ou pior do que a avenida 23 de Maio, salvo pelas faixas da direita, onde trafegam caminhões e outros veículos pesados, o que deixa o asfalto com mais acidentes e abaulamentos (procurei no google e parece que essa palavra existe. Me corrijam se estiver errado, por favor).

Além de estudar o asfalto, tive que me preocupar também com os carros, o novo corredor, que é mais largo e com o comportamento dos motoristas.
Até aí, sem muitas surpresas, pois a maioria dos veículos ficam tranquilamente enfileirados, sendo que eventualmente algum motorista tenta trocar de faixa, em sua grande maioria, sinalizando com seta direitinho, embora um ou outro ainda se aventura a entrar repentinamente na frente das motos que vêm pelo corredor.

O corredor em si parece mais tranquilo por ser mais largo, mas meus instintos me dizem que ele também pode ser traiçoeiro.
A primeira coisa que desperta minha atenção é o volume de carros que parece mais denso do que na 23 de Maio, até porque a avenida dos Bandeirantes é repleta de semáforos, o que faz com que os carros permaneçam um bom tempo parados. Isso me causa a impressão de que estou correndo mais, já que estou em alta velocidade, considerando que meus colegas motoristas estão completamente parados.
Eu ainda esqueço às vezes que não estou de carro, e reduzo a velocidade quando vejo que os carros estão freando. Vejo isso de maneira positiva, pois se os carros estão freando, seja lá qual for o motivo, pode me comprometer na sequência, seja um semáforo ou um acidente, o motoqueiro precisa estar SEMPRE prevendo as atividades do trânsito, principalmente se a visibilidade estiver comprometida, seja por veículos altos à frente ou dos lados, como curvas, onde simplesmente não dá pra ver o que está acontecendo depois daquele amontoado de carros!
Então, tenho mantido minha atenção nesses detalhes, sempre digirindo a uma velocidade confortável, no máximo (quase nunca) a 60 km/h.

Bom, somando todos esses aspectos, do corredor pseudo traiçoeiro, dos semáforos, do trânsito mais denso e da velocidade mais controlada, me deparei com uma surpresa: os outros motoqueiros...
Assim como acontecia quando eu ia pela 23 de Maio, tem muito mais motos à tarde do que pela manhã, porém, ali na Bandeirantes o movimento de manhã parece ser um pouco maior do que o da 23, talvez por ser uma via mais estreita.
Tive a sensação de que as motos que fazem aquele trajeto são mais novas e potentes, e muitos motoqueiros pilotam em um ritmo semelhante ao meu, ou seja, uma pilotagem mais branda. Só que o número de motoqueiros que correm não diminuiu em relação à 23 de Maio, o que causa uma grande mistura de estilos de pilotagem.

Eu ainda tenho o agravante de ter uma moto fraca, que tem aceleração lenta, e por ser 125 cc não tem uma performance tão arrojada quanto ao das outras motos, e isso acaba incomodando os mais apressados.
Desde que peguei a moto, muitas pessoas me dão a dica de não ficar desesperado quando houverem motoqueiros te apressando, e eu tenho tentado seguir essa dica sempre que possível. Digo isso pois alguns motoqueiros ficam muito impacientes, e acredito que esse descontrole emocional momentâneo pode prejudicar o trânsito e a mim, caso ele tente uma ultrapssagem perigosa ou qualquer outra besteira. Houve alguns casos de o cara ficar fazendo zigue-zague atrás de mim e buzinando intermitentemente até que ele tivesse espaço para me ultrapassar ou que eu saísse do corredor para que ele passasse.

Como aprendi com o Carlos Amaral, o incomodado é o cara que está com pressa, logo, ele é que tem de se mexer, não eu. Embora eu concorde totalmente com essa teoria, no corredor, os motoqueiros não têm para onde ir, até que abra um espaço entre os carros, o que raramente acontecerá. Então, eu que não tenho pressa, prefiro sair da frente e deixá-los passar.
Não estou apostando corrida com ninguém, e o simples fato de eu estar de moto já me dá uma vantagem enorme em relação aos carros, e mesmo que eu esteja a 40km/h no corredor, chegarei em casa muito mais rápido do que se eu estivesse de carro. É uma pena que outros motoqueiros não pensem assim... paciência...

Concluindo o raciocínio, enquanto formos motoqueiros novatos, acredito que vale a pena tomar bastante cuidado com locais desconhecidos, analisar o asfalto, as sinalizações, o comportamento dos motoristas e motoqueiros e SEMPRE tomar MUITO cuidado com os corredores. Lembre-se que o livre arbítrio sempre se sobressairá em relação às leis de trânsito, e o ser humano é uma grande caixinha de surpresas, capaz de cometer os atos mais inimagináveis nas horas mais inimagináveis.

Procure sempre colaborar com o trânsito. Se você estiver sendo pressionado por um cara apressado, procure dar-lhe espaço e deixe-o ir embora. Não acelere mais do que você possa se garantir para não colocar a si próprio em risco. Além do mais, nunca saberemos o porquê daquele cara estar com pressa, então não será possível avaliar se ele está certo ou não. No final das contas o que vale é a nossa segurança e a segurança de todo o trânsito.
Pensemos todos, motoqueiros, motoristas, ciclistas e pedestres, que QUALQUER problema no trânsito, seja com você ou não, irá comprometer a TODAS as pessoas que estão ali, e todo mundo sairá perdendo, uns mais, outros menos, uns culpados, outros inocentes, ainda assim, todos prejudicados.

Uma ótima semana a todos, e que vença o melhor time na próxima Terça-feira!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Começando a entender os motoqueiros

Fala pessoal, tudo bom? Mesmo sabendo que há meia dúzia de amigos que acompanham o blog, procuro manter aquele compromisso moral de fazer ao menos um post por semana, mas infelizmente eu pulei uma semana e o diário, que é semanal, acabou ficando de folga.

Estou na minha última semana de descanso, antes de começar no novo trabalho, e como tive alguns dias livre nessa transição de empregos, aproveitei para visitar minha família, descansar um pouco e resolver algumas coisas pessoais, como continuar customizando a minha moto.

Entre a semana passada e essa, estive na casa dos meus pais, voltando pra casa na Segunda-Feira a tarde, e fiquei sem internet na terça e quarta devido a um problema no backbone da Vivo aqui no prédio. Se você não sabe  o que é um backbone, não se sinta mal, pois eu também sei o básico do básico. O importante é que fiquei sem internet, o que pra mim, é pior do que ficar sem comida hahaha.

Nessa última semana aproveitei para ir ao dentista (e vou ter que ir amanhã de novo pra terminar o serviço) e decidi vender as peças da moto que não estava mais usando. Também, ontem, decidi pintar o banco da moto de marrom. Não é o mais correto, mas dá certo também, pois trocar a capa ficaria muito caro, sendo que o banco está novinho, e a culpa é toda minha de não ter pedido pra fazer a capa marrom e sim preta. Estou com os dedos todos pintados de marrom e sentindo aquele cheiro forte de tinta, mas o trabalho está pronto., só estou esperando a tinta secar e colocar na moto.



Esses dias em casa também foram úteis pra poder andar de moto, e até de carro, em horários dos que eu quase nunca ando, pois uso normalmente a moto pra ir para o trabalho, e como fico em escritório, só vejo o trânsito de manhazinha e no final da tarde.
Pelo menos aqui em São Paulo, minha surpresa foi perceber que o trânsito é quase igual ou pior durante o dia. Eu achava que os piores horários eram quando o pessoal estava indo e voltando do trabalho, mas, como os paulistanos dizem: "Não tem mais dia e hora pra ter trânsito. É a qualquer hora e qualquer dia da semana."

Em um de meus passeios, fui até a avenida Berrine, onde eu vou trabalhar, pra ver o novo caminho e os novos desafios como motoqueiro, pois descer a Avenida dos Bandeirantes todo dia não me parece ser tão diferente da 23 de Maio, embora seja mais folgada para o corredor.
Passei por uma oficina de motos e fui trocar idéia com os caras, muito gente fina. Não sei se posso falar sobre eles, pois não pedi autorização, então, por enquanto deixe assim. Depois vou pedir autorização a eles, e caso liberem, ponho os nomes aqui, e da oficina.

O fato é que esses caras são membros de moto clubes, e proprietários de motos grandes.
Eu já havia tido uma má impressão sobre donos de motonas, pois me aparentaram ser meio arrogantes, ou metidos, sei lá.
Quando comprei minha moto custom, embora de baixa cilindrada, achava que era um pessoal bem unido que compartilhava informações, trocavam idéia e tudo o mais, mas não aconteceu bem assim. Mas, procuro nunca generalizar, pois cada pessoa tem um jeito.

Os caras da oficina que eu conversei foram muito gente boa comigo, me deram várias dicas, explicaram algumas coisas sobre o mundo das motos, e em momento algum me menosprezaram por ter uma moto mais baratinha.
Cheguei até a comentar com eles o meu preconceito e a justificativa de eu pensar que caras de moto clube e de motos grandes e caras eram pessoas malas. A minha surpresa é que eles concordam comigo, e disseram que a maioria dos motoqueiros em geral são assim. Curioso que eles não foram as primeiras pessoas a me dizer isso.

Eles me explicaram que existe um certo tipo de pessoas que possuem um grande poder aquisitivo, e que compram motos caras, normalmente da Harley Davidson, que são as mais populares, e que como quase (digo quase, pois conheço uns caras cheios da grana que são gente finíssima) toda pessoa rica, gosta de se exibir, ostentar, ou sei lá o que se passa na cabeça de alguém com muito dinheiro e que vive em outra realidade. Enfim, de acordo com os caras da oficina, esses caras mal aprendem a pilotar adequadamente, usam as motos em alguns finais de semana e mantém um certo comportamento arrogante nas ruas. Ao meu ver, é como todo babaca exibicionista por aí, só que ao invés de andar com um carro que quase ocupa duas faixas da via e precisam de uma escadinha pra entrar no carro, optaram por parecerem-se como  motoqueiros com suas motos lindas (justiça seja feita, elas são).

Por outro lado, percebo muita discriminação pela "classe motociclística" em relação aos motoboys, também chamados de "cachorros loucos", pois, de acordo com algumas pessoas, os motoboys são os verdadeiros motoqueiros, que não respeitam leis de trânsito, correm como loucos e bla bla bla.
Ouvi dizer que a maioria deles recebe por entrega, o que pra mim, justifica bastante a correria dos caras. Sem contar que é fácil reclamar do motoboy, mas quando o cara encomenda o novo iPhone 5s pela internet ou pede uma pizza, fica bravo quando o motoboy demora pra entregar. Em uma cidade caótica como São Paulo, não consigo imaginar um dia sequer sem os motoboys. Aliás, não precisamos ir longe, basta imaginar um dia em que os "cachorros loucos" não andassem pelos corredores, o que muita gente é contra. Imagine uma avenida como a 9 de Julho onde os carros precisam dividir as vagas das faixas com as motos, o que, tecnicamente, seria o correto!

Aonde eu quero chegar com isso é o seguinte: em um post mais antigo eu mencionei o choque de realidade que tive sobre o que acreditava ser a verdade sobre os motoqueiros e como são vistos pelo público em geral. Cenário meio triste, ao meu ver, onde as pessoas acham que somos bandidos, loucos, desalmados hehe.

Mas, tudo bem, as coisas são assim mesmo, e ninguém tem a obrigação de gostar dos outros, embora eu ache que todos devêssemos saber viver em sociedade, em especial na sociedade do trânsito, onde o menor equívoco pode causar um grande estrago.
Eu, como motorista também me sinto pouco a vontade com as motos ao meu redor, embora isso tenha mudado bastante à medida que vou aprendendo mais sobre motos, mas ainda assim, a precaução é fundamental.

Os carinhas da oficina da avenida Berrine disseram uma coisa que eu não havia pensado antes: ser temido é bom, pois você acaba sendo respeitado, embora seja um respeito originado do medo.
Eu, particularmente gostaria que todas as pessoas se respeitassem por respeito puro mesmo, mas o respeito por medo também serve, e muito bem, ainda que eu admito que o motorista paulistano, em sua grande maioria, respeita sim, não só os motoqueiros, como também os outros motoristas e pedestres. Bom, pelo menos é o que eu vejo quando saio nas ruas. Pode ser diferente em outras regiões, horários ou cidades.

Voltando ao assunto dos motoqueiros, se você é novo, provavelmente vai pesquisar mais sobre pilotagem, mecânica, peças, etc, e se você for como eu, que gosta de conversar com as pessoas, vai perceber que tem muita gente difícil de lidar por aí, ou que tentarão de passar a perna, ou simplesmente serão mal educadas, como aconteceu comigo outro dia na rua General Osório, onde parecia que todo mundo havia dormido de calça jeans hahaha.

Aos poucos eu tenho conhecido gente muito boa, como o Luciano, mecânico dono da Moto Care, excelente mecânica na rua Lins de Vasconcelos, aqui na Vila Mariana, em São Paulo, e o Johnny que customizou a minha moto.
Além deles, teve também o grupo Intruder 125 do Facebook, onde o pessoal é muito unido e solícito, e se não fosse por eles, eu estaria apanhando de muita coisa ainda sobre a moto.
Já até vendi e comprei coisas de moto através do grupo. Mesmo que você não possua uma Suzuki Intruder, recomendo o grupo só pelas pessoas!

Bom, a conclusão que eu tenho tirado até o momento sobre os bons e maus motoqueiros é que não se trata do rico ou pobre, do cara da motona e da pequenininha, do motoboy ou do senhor rico aposentado que anda de moto apenas aos fins de semana.
Esses estereótipos até ajudam a identificar um ou outro tipo de motoqueiro, mas nós nunca saberemos ao certo como lidar com isso.
Se você não tem moto e não liga pra nada disso, tudo bem, de verdade! Realmente, ninguem é obrigado a se preocupar com isso, assim como eu não sou obrigado a querer entender o que é que o cara da Tucson está tentando compensar com um carro tão grande e imponente.

Tem muito cara por aí que possui motos de valor médio, que não são motoboys que furam o sinal vermelho, xingam e batem nos carros.
Vejo muitos motoboys habilidozíssimos que pilotam super bem, mesmo em uma velocidade acima do socialmente aceitável, e que respeitam sim as leis de trânsito. Diria até que eles são a grande maioria!

Tem muito cara de Harley Davidson que é super arrogante, mas tem muito cara tranquilo, que gosta de moto, e fala de moto, e não de uma marca. 
Vejo no grupo de Intruder 125 pessoas de várias classes sociais, de pessoas que usam a moto como parte do trabalho no dia a dia como pessoas que poderiam ter motos muito mais caras e melhores, mais optam pela paixão pela motoquinha.

Depois que reformei minha moto, reparei que as pessoas começaram a olhar pra ela, pois ela ficou bem diferente das outras motos. Muitas pessoas me perguntam que moto é ou o que eu fiz pra ela ficar bonita daquele jeito, como também, vejo alguns motoqueiros olhando pra ela e rindo com ar de deboche.

Por trás de todo capacete tem uma pessoa, que assim como o motorista do carro ao lado do seu, pode ser alguem legal, mal intencionado, negligente, pai de família, médico, professor, rico ou pobre.
Você só vai poder tirar alguma conclusão depois que aquela pessoa tomar uma ação digna de sua atenção, seja essa ação boa ou ruim.

Sei que esse post não teve nada muito associado a moto em si, mas é algo que eu venho querendo abordar já há algum tempo, e achei que essa seria uma boa hora pra isso.

Grande abraço a todos os amigos!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Onde se posicionar no trânsito

Fala pessoal, tudo bom? Bom, para efeito de registro, estamos no meio da Copa do Mundo de 2014, que está acontecendo aqui mesmo no Brasil.
Esse ano tem sido bastante turbulento pra mim, e cheio de emoções fortes, pois foi esse ano que eu comprei a moto, e como os que me conhecem pessoalmente sabem, eu ainda estou animadíssimo com ela, e não paro de falar sobre motos. Até comecei a me policiar um pouco para não ficar falando tanto de motos perto de pessoas que não andam/gostam delas, hehe.

Outra mudança radical em 2014 é a Copa em si, que, além de ser um evento mundial, causa uma série de transformações nas cidades que sediam jogos, a tentativa do povo brasileiro de se adaptar de maneira tal a atender os gringos e a série de protestos que vem ocorrido, não só por causa da Copa e os gastos exorbitantes, mas também porque o povo brasileiro está ficando de saco cheio de tanta corrupção a cada dia que passa.

E, completando a lista de fortes emoções, depois de quase três anos trabalhando para a mesma empresa, estou me preparando para começar um novo desafio, com novas responsabilidades e uma pequena alteração nas atividades que eu venho exercendo desde que comecei minha carreira como programador, em 1998.

Isso tudo sem contar a reforma que fiz na minha moto que, ao meu ver, ficou linda! As pessoas que acompanham a página do Diário do Motoqueiro Novato no Facebook já devem ter visto as fotos de como a moto ficou, ou assistiram o vídeo que o Johnny, o customizador de motos, publicou em sua página.
Para você que apenas acompanha o blog, ou deu de cara com ele navegando pela internet, aqui vai uma foto que eu tirei e o vídeo que o Johhny fez:




Estou muito contente com o resultado. A cor que eu queria era muito específica, e infelizmente não ficou 100% igual. Porém o resultado final ficou excelente e não tenho do que reclamar.
É gratificante ver as pessoas comentando e perguntando da moto na rua, quando saio com ela, e já até recebi algumas propostas de compra, em menos de uma semana que a peguei na custom shop.
Eu já agradeci ao Johnny inúmeras vezes, mas fica aqui, mais uma vez meu agradecimento.
Se você for de São Paulo ou região, recomendo fortemente a oficina do Johhny: The Flame Kustoms. Sua página no Facebook, aparentemente está mais atualizada do que o blog, porém o blog tem muitas fotos de seus trabalhos.

Ele me atendeu muito bem desde o primeiro contato por e-mail, foi extremamente atencioso e tirou todas as dúvidas. Foi bastante paciente comigo, que não entendo muito sobre moto e muito menos de customização (muita gente na General Osório, por exemplo, é bastante grossa e mal educada). Digo isso pois tentei falar com outras oficinas antes, e fui bem desprezado, pois quando falo que tenho uma moto simples, algumas oficinas não tem interesse em realizar o serviço.
Sinceramente não sei o motivo, mas foi bem desagradável. Qualquer dia eu faço um post sobre esse mercado de motos customizadas, que até onde eu pude perceber, as motos de baixa cilindrada são mesmo deixadas de lado. Posso estar enganado, mas me parece ser um meio elitizado, e se você não tem uma motona ou dinheiro para pagar à vista o vendedor/customizador simplesmente vira as costas e vai atender ao senhor de 70 anos com uma Harley Davidson 0km :)

Legal, feita a minha introdução gigantesca de sempre, onde a maioria das pessoas já desistiu de ler, vamos ao que interessa, e vamos falar sobre o título do post!
Escolhi esse assunto pois acho que, depois de 4 meses andando de moto, é a coisa que eu ainda me sinto mais desconfortável.
As outras coisas foram mais tranquilas de aprender, talvez porque eu já estava habituado com o carro, então muitas coisas não foram novidade, e sim, mais uma adaptação de o que fazia com o carro, só que agora com a moto.

Porém, a coisa que mais muda do carro para a moto é o espaço que ocupa e a mobilidade que se tem. Por mais estranho que pareça, essa mobilidade extra as vezes é um problema pra mim, pois ainda não me sinto seguro o bastante para realizar certas manobras, ou trocar de faixa na frente de outro veículo, e as vezes, ainda, vejo que estou até atrapalhando os motociclistas mais experientes que já tem mais a manha de fazer essas manobras.

Eu me lembro quando peguei a moto pelas primeiras vezes, e eu me comportava como se estivesse de carro, mas em pouquíssimo tempo percebi como poderia estar trocando de faixa ou entrando em um corredor largo com segurança, e aí cai a ficha: "Claro, estou de moto. Não preciso ficar aqui com os carros e posso já ir lá na frente do semáforo. Afinal, foi um dos motivos de eu ter comprado uma moto".
Mesmo após ter me acostumado com essa idéa, ainda tenho problemas de me posicionar nas faixas e/ou corredores quando estou chegando perto do semáforo fechado. E o mais complicado é que essa decisão não pode demorar para ser tomada, pois outros carros e motos estão se aproximando de você, e eles também estão se posicionando nas faixas durante o sinal vermelho.

Em sua grande maioria, os carros se ajeitam antes e com mais facilidade, até porque eles possuem menos opções de espaço do que as motos, mas ainda assim é preciso ficar esperto com aqueles que já estão quase parados na sua frente e decidem repentinamente trocar de faixa, muitas vezes sem dar seta.
Mas o que mais me preocupa ultimamente são as outras motos, pois muitos motociclistas gostam de chegar até o semáforo em alta velocidade, e acabam me ultrapassando em corredores ou trocando de faixa/corredor bem na minha frente e próximos demais dos carros, enquanto eu gosto de ir reduzindo as marchas pouco a pouco até chegar próximo ao semáforo, e deixo a moto em ponto neutro/morto.

Por isso, nessas horas eu fico muito atento olhando no retrovisor, com velocidade reduzida para evitar freadas repentinas dos veículos da frente, e até chego a olhar para os lados, no meu ponto cego, para ver se não há nenhum veículo que eu possa me chocar durante minha manobra.
Eu tenho procurado deixar esses motociclistas mais acelerados passarem na minha frente e vou me ajeitando na fila atrás deles, já que eu não pretendo sair correndo, e eles saem bem mais rápido do que eu.
Acho importante ter essa noção, pois assim o trânsito flui melhor, e eu também não tenho interesse em disputar velocidade com ninguém, até porque minha motoquinha 125 cc não corre heheh.

Então, na minha curta experiência, o que eu tenho para sugerir é o seguinte:

Seja visto, sempre! Se você já dirige carro, sabe que é muito fácil nos distrairmos. O carro pára muito no trânsito, e nessas horas olhamos o celular, rádio, mexemos no porta luvas, etc, e estamos bem mais protegidos dentro dele. Sem contar que, por ser maior, aumenta o número de pontos cegos, e não é responsabilidade do motorista de ver os motoqueiros, e sim nós é que precisamos nos certificar de que fomos vistos.
Esses dias publicaram um vídeo da Honda demonstrando os pontos cegos do carro, que os motociclistas devem evitar.
São apenas 40 segundos, então não deixe de ver:

http://youtu.be/jifpBwNQM0g


*Não sei porque, mas o Blogspot não acha o video quando tento anexá-lo ao post, então segue o link!

O melhor posicionamento, normalmente, é do lado esquerdo da faixa, a não ser que hajam muitas motos em alta velocidade, então normalmente eu migro para o segundo corredor da esquerda, ou seja, o corredor à direita do corredor da extrema esquerda.
Normalmente, como iniciante, você vai preferir ficar o máximo possível à direita, por questões de segurança, o que pode ser uam boa estratégia. Mas o que eu tenho notado é que poucas motos trafegam pelo lado direito, e logo, os motoristas de carro estão mais acostumados a fazer manobras desse lado sem muita preocupação. Então, dependendo de sua cidade ou da via em que está trafegando, pode ser uma idéia melhor ficar um pouco longe do lado direito da via, mesmo sendo iniciante. O pior que pode acontecer são os motoristas apressados buzinarem pra você, mas não se intimide, pois eles podem desviar. O importante é você fazer manobras com segurança e confiança, não correr e trocar de faixas sob pressão!

Em vias bem movimentadas, é importante andar com bastante cautela, evitar as manobras bruscas e ficar atento o tempo todo, acompanhando o que está acontecendo ao seu redor, portanto, use e abuse do retrovisor. Aliás, como eu já mencionei anteriormente, manter o retrovisor bem ajustado é primordial para uma pilotagem segura. Regule-o até o ponto em que você não precise se mover demais para enxergar, fazendo, no mãximo, um movimento curto com a cabeça.

Evite andar empalheirado com os carros, principalmente veículos grandes, que ofuscam sua visão de o que está acontecendo do outro lado. Lembre-se sempre de que o motociclista deve prever tudo ao seu redor, pois qualquer erro de qualquer pessoa pode acarretar em um acidente.
Ao parar a moto, procure sempre frear gradativamente, e vá posicionando a moto em sentido ao corredor, próximo à faixa, para evitar possíveis colisões traseiras. Uma colisão de um carro vindo atrás de você pode te arremessar longe, e pior, em cima dos carros cruzando a rua para a qual o sinal está verde. Sem contar, é claro, que você poderá se machucar muito!

Ao fazer uma curva para outra rua sem semáforo na esquina ou entrar em uma avenida, olhe bem para o motorista que vem se aproximando, ligue a seta corretamente e veja se o motorista está te vendo. Olhe nos olhos dele, e faça a conversão somente quando tiver certeza de que foi visto, ou que o carro que vem em sua direção está longe o bastante e em velocidade baixa o suficiente para que você possa sair com a moto em primeira marcha, se equilibrar, fazer a curva, ganhar velocidade, aumentar a marcha e se pocisionar na faixa em tempo hábil, sem precisar se desesperar. Apenas depois de efetuar todo esse procedimento é que você deve começar a pensar em realizar quaisquer outras manobras.

E por falar em manobras, sempre que possível (pois há casos em que realmente não haverá tempo suficiente) utilize as setas, mesmo que seja para entrar no corredor. A seta e a buzina são seus maiores aliados no trânsito. Por isso, ao contrário do que eu vejo nas ruas, você deve utilizar muito mais a seta e muito menos a buzina.
A maioria dos motoristas fica mais atento quando vê o piscar de uma seta, e eu percebo que, ao contrário dos carros, os motoristas costumam dar espaço para as motos, ao invés de acelerarem e impedir com que o veículo sinalizando a conversão consiga trocar de faixa.

Sobre a buzina, esse é um item que, por lei, deve ser usado apenas em casos de atenção, e que pode representar praticamente qualquer coisa. Se você usa a buzina intermitentemente como muitos motociclistas fazem quando estão em um corredor, estará banalizando sua função, e estará mais irritando os outros motoristas do que chamando sua atenção.
O uso mais frequente e justificado da buzina que eu vejo até o momento é quando estou ultrapassando um carro quando estou na faixa da direita em relação a ele, onde há um ponto cego muito grande.
Outra situação importante é com relação a pedestres distraídos que estão atravessando a via, e um rápido toque na buzina irá despertar-lhes a atenção.

Para finalizar, quero falar sobre a parada e saída do semáforo, que são os pontos que tem sido mais difíceis pra mim no momento.
Minha atual estratégia é a seguinte: quando eu identifico que o sinal está vermelho ou amarelo, paro imediatamente de acelerar, o que já reduz bastante a velocidade por causa do freio motor. Caso eu esteja em alta velocidade, complemento a frenagem com os freios de forma gradual.

O segundo passo é olhar nos retrovisores dos dois lados, e consecutivamente, olhar rapidamente para os lados. Só então eu começo a analisar qual é o melhor lugar para direcionar a moto.
Tendo total conhecimento dos veículos ao meu redor escolho o lado onde os veículos não estão tão próximos a mim, e tento sempre usar o corredor do lado esquerdo, e em seguida, o corredor mais folgado. Se houver um carro atrás de mim, no lado em que eu quero virar, viro a cabeça como quem diz "oi colega, tudo bom? que calor hein? olha só, estou afinzão de entrar na sua frente, então, por favor, não me mate, ok? Prometo que logo logo saio da sua frente".

Como eu já disse antes, mire o corredor, próximo à faixa, para evitar colisões traseiras, mas também para não atrapalhar os carros. A maioria dos motoristas está acosumada a ver motos nos corredores, e muitos deles nem gostam de motos trafegando nas faixas como os carros, embora, ironicamente, seria o correto! Reduzindo a velocidade e as marchas gradativamente (a menos que você tenha uma scooter, que não tem marchas) há uma boa chance de você ser presenteado como o sinal verde antes de parar a moto, e poderá seguir viagem feliz e saltitante! Caso contrário, pare a moto, deixe-a em ponto morto (a maioria das dicas nesse trecho não se aplicam tanto se você tem uma scooter) e deixe o pé direito sobre o trocador de marchas, mantendo o pé direito no chão (eu sei que isso é o contrário do que se aprende na auto escola, porém, na auto escola a gente nunca coloca a moto em ponto morto) e mantenha a moto freada.
Tome cuidado com os veículos ao seu lado, então procure manter as pernas bem próximas da moto, e principalmente os pés!

Na saída, praticamente faça o processo inverso ao da parada: Saia com a moto reta, independente se você estava no corredor ou na faixa normal dos carros, até se equilibrar e coloque as pernas na posição correta de pilotagem. Vá pegando velocidade, e quando estiver seguro, olhe nos retrovisores para ver a situação atual. Alguns carros correm mais, outros menos, então veja se o veículo atrás de você não está muito mais rápido do que você. Se não, seiga viagem normalmente, mas se sim, escolha um lado, dê seta e saia da frente dele. Naturalmente, o lado direito é melhor, mas se você estiver mais próximo do corredor à sua esquerda, vá para esse lado. Isso porquê o apressadinho já deve estar começando a pensar em te ultrapassar pela direita, então antecipe esse movimento e tome a decisão por ele, facilitando a vida de ambos. Apenas lembre-se do procedimento de verificar o retrovisor, etc, etc, etc.

Bom pessoal, como de costume, o post ficou super comprido, mas como é um por semana, acho que não acaba sendo tão comprido assim. Além do mais, acho que essas informações são valiosas, e eu tento seguir sempre o mesmo princípio: informações que eu gostaria de ter achado mais facilmente quando comecei a pilotar.
Se você discorda das minhas sugestões, ou quer compartilhar sua experiência ou quer me ajudar com informações mais coerentes, deixe seu comentário no post, ok?

Grande abraço a todos e obrigado aos que acompanham o blog!