sexta-feira, 27 de junho de 2014

Começando a entender os motoqueiros

Fala pessoal, tudo bom? Mesmo sabendo que há meia dúzia de amigos que acompanham o blog, procuro manter aquele compromisso moral de fazer ao menos um post por semana, mas infelizmente eu pulei uma semana e o diário, que é semanal, acabou ficando de folga.

Estou na minha última semana de descanso, antes de começar no novo trabalho, e como tive alguns dias livre nessa transição de empregos, aproveitei para visitar minha família, descansar um pouco e resolver algumas coisas pessoais, como continuar customizando a minha moto.

Entre a semana passada e essa, estive na casa dos meus pais, voltando pra casa na Segunda-Feira a tarde, e fiquei sem internet na terça e quarta devido a um problema no backbone da Vivo aqui no prédio. Se você não sabe  o que é um backbone, não se sinta mal, pois eu também sei o básico do básico. O importante é que fiquei sem internet, o que pra mim, é pior do que ficar sem comida hahaha.

Nessa última semana aproveitei para ir ao dentista (e vou ter que ir amanhã de novo pra terminar o serviço) e decidi vender as peças da moto que não estava mais usando. Também, ontem, decidi pintar o banco da moto de marrom. Não é o mais correto, mas dá certo também, pois trocar a capa ficaria muito caro, sendo que o banco está novinho, e a culpa é toda minha de não ter pedido pra fazer a capa marrom e sim preta. Estou com os dedos todos pintados de marrom e sentindo aquele cheiro forte de tinta, mas o trabalho está pronto., só estou esperando a tinta secar e colocar na moto.



Esses dias em casa também foram úteis pra poder andar de moto, e até de carro, em horários dos que eu quase nunca ando, pois uso normalmente a moto pra ir para o trabalho, e como fico em escritório, só vejo o trânsito de manhazinha e no final da tarde.
Pelo menos aqui em São Paulo, minha surpresa foi perceber que o trânsito é quase igual ou pior durante o dia. Eu achava que os piores horários eram quando o pessoal estava indo e voltando do trabalho, mas, como os paulistanos dizem: "Não tem mais dia e hora pra ter trânsito. É a qualquer hora e qualquer dia da semana."

Em um de meus passeios, fui até a avenida Berrine, onde eu vou trabalhar, pra ver o novo caminho e os novos desafios como motoqueiro, pois descer a Avenida dos Bandeirantes todo dia não me parece ser tão diferente da 23 de Maio, embora seja mais folgada para o corredor.
Passei por uma oficina de motos e fui trocar idéia com os caras, muito gente fina. Não sei se posso falar sobre eles, pois não pedi autorização, então, por enquanto deixe assim. Depois vou pedir autorização a eles, e caso liberem, ponho os nomes aqui, e da oficina.

O fato é que esses caras são membros de moto clubes, e proprietários de motos grandes.
Eu já havia tido uma má impressão sobre donos de motonas, pois me aparentaram ser meio arrogantes, ou metidos, sei lá.
Quando comprei minha moto custom, embora de baixa cilindrada, achava que era um pessoal bem unido que compartilhava informações, trocavam idéia e tudo o mais, mas não aconteceu bem assim. Mas, procuro nunca generalizar, pois cada pessoa tem um jeito.

Os caras da oficina que eu conversei foram muito gente boa comigo, me deram várias dicas, explicaram algumas coisas sobre o mundo das motos, e em momento algum me menosprezaram por ter uma moto mais baratinha.
Cheguei até a comentar com eles o meu preconceito e a justificativa de eu pensar que caras de moto clube e de motos grandes e caras eram pessoas malas. A minha surpresa é que eles concordam comigo, e disseram que a maioria dos motoqueiros em geral são assim. Curioso que eles não foram as primeiras pessoas a me dizer isso.

Eles me explicaram que existe um certo tipo de pessoas que possuem um grande poder aquisitivo, e que compram motos caras, normalmente da Harley Davidson, que são as mais populares, e que como quase (digo quase, pois conheço uns caras cheios da grana que são gente finíssima) toda pessoa rica, gosta de se exibir, ostentar, ou sei lá o que se passa na cabeça de alguém com muito dinheiro e que vive em outra realidade. Enfim, de acordo com os caras da oficina, esses caras mal aprendem a pilotar adequadamente, usam as motos em alguns finais de semana e mantém um certo comportamento arrogante nas ruas. Ao meu ver, é como todo babaca exibicionista por aí, só que ao invés de andar com um carro que quase ocupa duas faixas da via e precisam de uma escadinha pra entrar no carro, optaram por parecerem-se como  motoqueiros com suas motos lindas (justiça seja feita, elas são).

Por outro lado, percebo muita discriminação pela "classe motociclística" em relação aos motoboys, também chamados de "cachorros loucos", pois, de acordo com algumas pessoas, os motoboys são os verdadeiros motoqueiros, que não respeitam leis de trânsito, correm como loucos e bla bla bla.
Ouvi dizer que a maioria deles recebe por entrega, o que pra mim, justifica bastante a correria dos caras. Sem contar que é fácil reclamar do motoboy, mas quando o cara encomenda o novo iPhone 5s pela internet ou pede uma pizza, fica bravo quando o motoboy demora pra entregar. Em uma cidade caótica como São Paulo, não consigo imaginar um dia sequer sem os motoboys. Aliás, não precisamos ir longe, basta imaginar um dia em que os "cachorros loucos" não andassem pelos corredores, o que muita gente é contra. Imagine uma avenida como a 9 de Julho onde os carros precisam dividir as vagas das faixas com as motos, o que, tecnicamente, seria o correto!

Aonde eu quero chegar com isso é o seguinte: em um post mais antigo eu mencionei o choque de realidade que tive sobre o que acreditava ser a verdade sobre os motoqueiros e como são vistos pelo público em geral. Cenário meio triste, ao meu ver, onde as pessoas acham que somos bandidos, loucos, desalmados hehe.

Mas, tudo bem, as coisas são assim mesmo, e ninguém tem a obrigação de gostar dos outros, embora eu ache que todos devêssemos saber viver em sociedade, em especial na sociedade do trânsito, onde o menor equívoco pode causar um grande estrago.
Eu, como motorista também me sinto pouco a vontade com as motos ao meu redor, embora isso tenha mudado bastante à medida que vou aprendendo mais sobre motos, mas ainda assim, a precaução é fundamental.

Os carinhas da oficina da avenida Berrine disseram uma coisa que eu não havia pensado antes: ser temido é bom, pois você acaba sendo respeitado, embora seja um respeito originado do medo.
Eu, particularmente gostaria que todas as pessoas se respeitassem por respeito puro mesmo, mas o respeito por medo também serve, e muito bem, ainda que eu admito que o motorista paulistano, em sua grande maioria, respeita sim, não só os motoqueiros, como também os outros motoristas e pedestres. Bom, pelo menos é o que eu vejo quando saio nas ruas. Pode ser diferente em outras regiões, horários ou cidades.

Voltando ao assunto dos motoqueiros, se você é novo, provavelmente vai pesquisar mais sobre pilotagem, mecânica, peças, etc, e se você for como eu, que gosta de conversar com as pessoas, vai perceber que tem muita gente difícil de lidar por aí, ou que tentarão de passar a perna, ou simplesmente serão mal educadas, como aconteceu comigo outro dia na rua General Osório, onde parecia que todo mundo havia dormido de calça jeans hahaha.

Aos poucos eu tenho conhecido gente muito boa, como o Luciano, mecânico dono da Moto Care, excelente mecânica na rua Lins de Vasconcelos, aqui na Vila Mariana, em São Paulo, e o Johnny que customizou a minha moto.
Além deles, teve também o grupo Intruder 125 do Facebook, onde o pessoal é muito unido e solícito, e se não fosse por eles, eu estaria apanhando de muita coisa ainda sobre a moto.
Já até vendi e comprei coisas de moto através do grupo. Mesmo que você não possua uma Suzuki Intruder, recomendo o grupo só pelas pessoas!

Bom, a conclusão que eu tenho tirado até o momento sobre os bons e maus motoqueiros é que não se trata do rico ou pobre, do cara da motona e da pequenininha, do motoboy ou do senhor rico aposentado que anda de moto apenas aos fins de semana.
Esses estereótipos até ajudam a identificar um ou outro tipo de motoqueiro, mas nós nunca saberemos ao certo como lidar com isso.
Se você não tem moto e não liga pra nada disso, tudo bem, de verdade! Realmente, ninguem é obrigado a se preocupar com isso, assim como eu não sou obrigado a querer entender o que é que o cara da Tucson está tentando compensar com um carro tão grande e imponente.

Tem muito cara por aí que possui motos de valor médio, que não são motoboys que furam o sinal vermelho, xingam e batem nos carros.
Vejo muitos motoboys habilidozíssimos que pilotam super bem, mesmo em uma velocidade acima do socialmente aceitável, e que respeitam sim as leis de trânsito. Diria até que eles são a grande maioria!

Tem muito cara de Harley Davidson que é super arrogante, mas tem muito cara tranquilo, que gosta de moto, e fala de moto, e não de uma marca. 
Vejo no grupo de Intruder 125 pessoas de várias classes sociais, de pessoas que usam a moto como parte do trabalho no dia a dia como pessoas que poderiam ter motos muito mais caras e melhores, mais optam pela paixão pela motoquinha.

Depois que reformei minha moto, reparei que as pessoas começaram a olhar pra ela, pois ela ficou bem diferente das outras motos. Muitas pessoas me perguntam que moto é ou o que eu fiz pra ela ficar bonita daquele jeito, como também, vejo alguns motoqueiros olhando pra ela e rindo com ar de deboche.

Por trás de todo capacete tem uma pessoa, que assim como o motorista do carro ao lado do seu, pode ser alguem legal, mal intencionado, negligente, pai de família, médico, professor, rico ou pobre.
Você só vai poder tirar alguma conclusão depois que aquela pessoa tomar uma ação digna de sua atenção, seja essa ação boa ou ruim.

Sei que esse post não teve nada muito associado a moto em si, mas é algo que eu venho querendo abordar já há algum tempo, e achei que essa seria uma boa hora pra isso.

Grande abraço a todos os amigos!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Onde se posicionar no trânsito

Fala pessoal, tudo bom? Bom, para efeito de registro, estamos no meio da Copa do Mundo de 2014, que está acontecendo aqui mesmo no Brasil.
Esse ano tem sido bastante turbulento pra mim, e cheio de emoções fortes, pois foi esse ano que eu comprei a moto, e como os que me conhecem pessoalmente sabem, eu ainda estou animadíssimo com ela, e não paro de falar sobre motos. Até comecei a me policiar um pouco para não ficar falando tanto de motos perto de pessoas que não andam/gostam delas, hehe.

Outra mudança radical em 2014 é a Copa em si, que, além de ser um evento mundial, causa uma série de transformações nas cidades que sediam jogos, a tentativa do povo brasileiro de se adaptar de maneira tal a atender os gringos e a série de protestos que vem ocorrido, não só por causa da Copa e os gastos exorbitantes, mas também porque o povo brasileiro está ficando de saco cheio de tanta corrupção a cada dia que passa.

E, completando a lista de fortes emoções, depois de quase três anos trabalhando para a mesma empresa, estou me preparando para começar um novo desafio, com novas responsabilidades e uma pequena alteração nas atividades que eu venho exercendo desde que comecei minha carreira como programador, em 1998.

Isso tudo sem contar a reforma que fiz na minha moto que, ao meu ver, ficou linda! As pessoas que acompanham a página do Diário do Motoqueiro Novato no Facebook já devem ter visto as fotos de como a moto ficou, ou assistiram o vídeo que o Johnny, o customizador de motos, publicou em sua página.
Para você que apenas acompanha o blog, ou deu de cara com ele navegando pela internet, aqui vai uma foto que eu tirei e o vídeo que o Johhny fez:




Estou muito contente com o resultado. A cor que eu queria era muito específica, e infelizmente não ficou 100% igual. Porém o resultado final ficou excelente e não tenho do que reclamar.
É gratificante ver as pessoas comentando e perguntando da moto na rua, quando saio com ela, e já até recebi algumas propostas de compra, em menos de uma semana que a peguei na custom shop.
Eu já agradeci ao Johnny inúmeras vezes, mas fica aqui, mais uma vez meu agradecimento.
Se você for de São Paulo ou região, recomendo fortemente a oficina do Johhny: The Flame Kustoms. Sua página no Facebook, aparentemente está mais atualizada do que o blog, porém o blog tem muitas fotos de seus trabalhos.

Ele me atendeu muito bem desde o primeiro contato por e-mail, foi extremamente atencioso e tirou todas as dúvidas. Foi bastante paciente comigo, que não entendo muito sobre moto e muito menos de customização (muita gente na General Osório, por exemplo, é bastante grossa e mal educada). Digo isso pois tentei falar com outras oficinas antes, e fui bem desprezado, pois quando falo que tenho uma moto simples, algumas oficinas não tem interesse em realizar o serviço.
Sinceramente não sei o motivo, mas foi bem desagradável. Qualquer dia eu faço um post sobre esse mercado de motos customizadas, que até onde eu pude perceber, as motos de baixa cilindrada são mesmo deixadas de lado. Posso estar enganado, mas me parece ser um meio elitizado, e se você não tem uma motona ou dinheiro para pagar à vista o vendedor/customizador simplesmente vira as costas e vai atender ao senhor de 70 anos com uma Harley Davidson 0km :)

Legal, feita a minha introdução gigantesca de sempre, onde a maioria das pessoas já desistiu de ler, vamos ao que interessa, e vamos falar sobre o título do post!
Escolhi esse assunto pois acho que, depois de 4 meses andando de moto, é a coisa que eu ainda me sinto mais desconfortável.
As outras coisas foram mais tranquilas de aprender, talvez porque eu já estava habituado com o carro, então muitas coisas não foram novidade, e sim, mais uma adaptação de o que fazia com o carro, só que agora com a moto.

Porém, a coisa que mais muda do carro para a moto é o espaço que ocupa e a mobilidade que se tem. Por mais estranho que pareça, essa mobilidade extra as vezes é um problema pra mim, pois ainda não me sinto seguro o bastante para realizar certas manobras, ou trocar de faixa na frente de outro veículo, e as vezes, ainda, vejo que estou até atrapalhando os motociclistas mais experientes que já tem mais a manha de fazer essas manobras.

Eu me lembro quando peguei a moto pelas primeiras vezes, e eu me comportava como se estivesse de carro, mas em pouquíssimo tempo percebi como poderia estar trocando de faixa ou entrando em um corredor largo com segurança, e aí cai a ficha: "Claro, estou de moto. Não preciso ficar aqui com os carros e posso já ir lá na frente do semáforo. Afinal, foi um dos motivos de eu ter comprado uma moto".
Mesmo após ter me acostumado com essa idéa, ainda tenho problemas de me posicionar nas faixas e/ou corredores quando estou chegando perto do semáforo fechado. E o mais complicado é que essa decisão não pode demorar para ser tomada, pois outros carros e motos estão se aproximando de você, e eles também estão se posicionando nas faixas durante o sinal vermelho.

Em sua grande maioria, os carros se ajeitam antes e com mais facilidade, até porque eles possuem menos opções de espaço do que as motos, mas ainda assim é preciso ficar esperto com aqueles que já estão quase parados na sua frente e decidem repentinamente trocar de faixa, muitas vezes sem dar seta.
Mas o que mais me preocupa ultimamente são as outras motos, pois muitos motociclistas gostam de chegar até o semáforo em alta velocidade, e acabam me ultrapassando em corredores ou trocando de faixa/corredor bem na minha frente e próximos demais dos carros, enquanto eu gosto de ir reduzindo as marchas pouco a pouco até chegar próximo ao semáforo, e deixo a moto em ponto neutro/morto.

Por isso, nessas horas eu fico muito atento olhando no retrovisor, com velocidade reduzida para evitar freadas repentinas dos veículos da frente, e até chego a olhar para os lados, no meu ponto cego, para ver se não há nenhum veículo que eu possa me chocar durante minha manobra.
Eu tenho procurado deixar esses motociclistas mais acelerados passarem na minha frente e vou me ajeitando na fila atrás deles, já que eu não pretendo sair correndo, e eles saem bem mais rápido do que eu.
Acho importante ter essa noção, pois assim o trânsito flui melhor, e eu também não tenho interesse em disputar velocidade com ninguém, até porque minha motoquinha 125 cc não corre heheh.

Então, na minha curta experiência, o que eu tenho para sugerir é o seguinte:

Seja visto, sempre! Se você já dirige carro, sabe que é muito fácil nos distrairmos. O carro pára muito no trânsito, e nessas horas olhamos o celular, rádio, mexemos no porta luvas, etc, e estamos bem mais protegidos dentro dele. Sem contar que, por ser maior, aumenta o número de pontos cegos, e não é responsabilidade do motorista de ver os motoqueiros, e sim nós é que precisamos nos certificar de que fomos vistos.
Esses dias publicaram um vídeo da Honda demonstrando os pontos cegos do carro, que os motociclistas devem evitar.
São apenas 40 segundos, então não deixe de ver:

http://youtu.be/jifpBwNQM0g


*Não sei porque, mas o Blogspot não acha o video quando tento anexá-lo ao post, então segue o link!

O melhor posicionamento, normalmente, é do lado esquerdo da faixa, a não ser que hajam muitas motos em alta velocidade, então normalmente eu migro para o segundo corredor da esquerda, ou seja, o corredor à direita do corredor da extrema esquerda.
Normalmente, como iniciante, você vai preferir ficar o máximo possível à direita, por questões de segurança, o que pode ser uam boa estratégia. Mas o que eu tenho notado é que poucas motos trafegam pelo lado direito, e logo, os motoristas de carro estão mais acostumados a fazer manobras desse lado sem muita preocupação. Então, dependendo de sua cidade ou da via em que está trafegando, pode ser uma idéia melhor ficar um pouco longe do lado direito da via, mesmo sendo iniciante. O pior que pode acontecer são os motoristas apressados buzinarem pra você, mas não se intimide, pois eles podem desviar. O importante é você fazer manobras com segurança e confiança, não correr e trocar de faixas sob pressão!

Em vias bem movimentadas, é importante andar com bastante cautela, evitar as manobras bruscas e ficar atento o tempo todo, acompanhando o que está acontecendo ao seu redor, portanto, use e abuse do retrovisor. Aliás, como eu já mencionei anteriormente, manter o retrovisor bem ajustado é primordial para uma pilotagem segura. Regule-o até o ponto em que você não precise se mover demais para enxergar, fazendo, no mãximo, um movimento curto com a cabeça.

Evite andar empalheirado com os carros, principalmente veículos grandes, que ofuscam sua visão de o que está acontecendo do outro lado. Lembre-se sempre de que o motociclista deve prever tudo ao seu redor, pois qualquer erro de qualquer pessoa pode acarretar em um acidente.
Ao parar a moto, procure sempre frear gradativamente, e vá posicionando a moto em sentido ao corredor, próximo à faixa, para evitar possíveis colisões traseiras. Uma colisão de um carro vindo atrás de você pode te arremessar longe, e pior, em cima dos carros cruzando a rua para a qual o sinal está verde. Sem contar, é claro, que você poderá se machucar muito!

Ao fazer uma curva para outra rua sem semáforo na esquina ou entrar em uma avenida, olhe bem para o motorista que vem se aproximando, ligue a seta corretamente e veja se o motorista está te vendo. Olhe nos olhos dele, e faça a conversão somente quando tiver certeza de que foi visto, ou que o carro que vem em sua direção está longe o bastante e em velocidade baixa o suficiente para que você possa sair com a moto em primeira marcha, se equilibrar, fazer a curva, ganhar velocidade, aumentar a marcha e se pocisionar na faixa em tempo hábil, sem precisar se desesperar. Apenas depois de efetuar todo esse procedimento é que você deve começar a pensar em realizar quaisquer outras manobras.

E por falar em manobras, sempre que possível (pois há casos em que realmente não haverá tempo suficiente) utilize as setas, mesmo que seja para entrar no corredor. A seta e a buzina são seus maiores aliados no trânsito. Por isso, ao contrário do que eu vejo nas ruas, você deve utilizar muito mais a seta e muito menos a buzina.
A maioria dos motoristas fica mais atento quando vê o piscar de uma seta, e eu percebo que, ao contrário dos carros, os motoristas costumam dar espaço para as motos, ao invés de acelerarem e impedir com que o veículo sinalizando a conversão consiga trocar de faixa.

Sobre a buzina, esse é um item que, por lei, deve ser usado apenas em casos de atenção, e que pode representar praticamente qualquer coisa. Se você usa a buzina intermitentemente como muitos motociclistas fazem quando estão em um corredor, estará banalizando sua função, e estará mais irritando os outros motoristas do que chamando sua atenção.
O uso mais frequente e justificado da buzina que eu vejo até o momento é quando estou ultrapassando um carro quando estou na faixa da direita em relação a ele, onde há um ponto cego muito grande.
Outra situação importante é com relação a pedestres distraídos que estão atravessando a via, e um rápido toque na buzina irá despertar-lhes a atenção.

Para finalizar, quero falar sobre a parada e saída do semáforo, que são os pontos que tem sido mais difíceis pra mim no momento.
Minha atual estratégia é a seguinte: quando eu identifico que o sinal está vermelho ou amarelo, paro imediatamente de acelerar, o que já reduz bastante a velocidade por causa do freio motor. Caso eu esteja em alta velocidade, complemento a frenagem com os freios de forma gradual.

O segundo passo é olhar nos retrovisores dos dois lados, e consecutivamente, olhar rapidamente para os lados. Só então eu começo a analisar qual é o melhor lugar para direcionar a moto.
Tendo total conhecimento dos veículos ao meu redor escolho o lado onde os veículos não estão tão próximos a mim, e tento sempre usar o corredor do lado esquerdo, e em seguida, o corredor mais folgado. Se houver um carro atrás de mim, no lado em que eu quero virar, viro a cabeça como quem diz "oi colega, tudo bom? que calor hein? olha só, estou afinzão de entrar na sua frente, então, por favor, não me mate, ok? Prometo que logo logo saio da sua frente".

Como eu já disse antes, mire o corredor, próximo à faixa, para evitar colisões traseiras, mas também para não atrapalhar os carros. A maioria dos motoristas está acosumada a ver motos nos corredores, e muitos deles nem gostam de motos trafegando nas faixas como os carros, embora, ironicamente, seria o correto! Reduzindo a velocidade e as marchas gradativamente (a menos que você tenha uma scooter, que não tem marchas) há uma boa chance de você ser presenteado como o sinal verde antes de parar a moto, e poderá seguir viagem feliz e saltitante! Caso contrário, pare a moto, deixe-a em ponto morto (a maioria das dicas nesse trecho não se aplicam tanto se você tem uma scooter) e deixe o pé direito sobre o trocador de marchas, mantendo o pé direito no chão (eu sei que isso é o contrário do que se aprende na auto escola, porém, na auto escola a gente nunca coloca a moto em ponto morto) e mantenha a moto freada.
Tome cuidado com os veículos ao seu lado, então procure manter as pernas bem próximas da moto, e principalmente os pés!

Na saída, praticamente faça o processo inverso ao da parada: Saia com a moto reta, independente se você estava no corredor ou na faixa normal dos carros, até se equilibrar e coloque as pernas na posição correta de pilotagem. Vá pegando velocidade, e quando estiver seguro, olhe nos retrovisores para ver a situação atual. Alguns carros correm mais, outros menos, então veja se o veículo atrás de você não está muito mais rápido do que você. Se não, seiga viagem normalmente, mas se sim, escolha um lado, dê seta e saia da frente dele. Naturalmente, o lado direito é melhor, mas se você estiver mais próximo do corredor à sua esquerda, vá para esse lado. Isso porquê o apressadinho já deve estar começando a pensar em te ultrapassar pela direita, então antecipe esse movimento e tome a decisão por ele, facilitando a vida de ambos. Apenas lembre-se do procedimento de verificar o retrovisor, etc, etc, etc.

Bom pessoal, como de costume, o post ficou super comprido, mas como é um por semana, acho que não acaba sendo tão comprido assim. Além do mais, acho que essas informações são valiosas, e eu tento seguir sempre o mesmo princípio: informações que eu gostaria de ter achado mais facilmente quando comecei a pilotar.
Se você discorda das minhas sugestões, ou quer compartilhar sua experiência ou quer me ajudar com informações mais coerentes, deixe seu comentário no post, ok?

Grande abraço a todos e obrigado aos que acompanham o blog!

sábado, 7 de junho de 2014

Minhas referências, até o momento

Em toda situação nessa vida você vai se deparar com palpiteiros, muitas pessoas que vão lhe dar sugestões boas, outras ruins e outras, sugestões genéricas.
Todos os três tipos de sugestões são excelentes, pois você acaba sempre extraindo o melhor de todas elas, até no caso das sugestões ruins, onde você aprende o que não deve fazer.

A verdade é que, em sua grande maioria, essas pessoas só querem ser solícitas, e vão querer compartilhar suas experiências com você, ou pelo menos, compartilhar a experiência de "um amigo de um amigo meu que também anda de moto" na tentativa de lhe auxiliar em sua trajetória como motoqueiro. Ou seja, valorize bastante quando alguem quiser te dar uma dica, e agradeça sempre seu amigo!

Se você já acompanha este blog, deve ter percebido que eu tenho sido aconselhado por muitos amigos que andam de moto, entusiastas, pessoas que são parentes ou possuem um amigo próximo que anda de moto, ou simplesmente amigos que viram uma notícia sobre algo relacionado a motos e teve a iniciativa de me comunicar.
Posso dizer com toda segurança que essas pessoas são as que me deram as sugestões mais valiosas quando eu estava bem no comecinho das minhas aventuras com a motoca, e muitos deles me inspiraram e/ou incentivaram a fazer várias coisas, como por exemplo, este blog!

O fato é que, depois de algum tempo, e isso é um bom sinal, você acaba escutando as mesmas dicas e advertências, e acaba percebendo que é hora de adquirir novas informações sobre a vida com a motoca.
É nessa hora que nós, filhos do século 21, somos privilegiados com o fácil e rápido acesso a informação através da Internet, coisa que nossos pais e até mesmo alguns de nós, como é o meu caso, não tiveram tanta sorte assim, quando não podíamos contar com a Internet e o glorioso Google, por exemplo.

Assim que eu comprei minha moto, saí como um louco pesquisando e absorvendo o máximo de informações possível, através blogs, videos no Youtube e, como comentei no post da semana passada, comecei até a me inscrever em grupos do Facebook voltados para o público motociclista.

Eu sei que a minha proposta com este blog é fornecer informações sobre a evolução de minha experiência com a motocicleta, mas como ainda estou sem ela, que está na custom shop passando por uma "cirurgia plástica" passei essa semana toda andando de carro. Claramente, estou muito chateado por estar sem a moto e super ansioso para ver o resultado da tranformação que ela está passando, mas, por outro lado, estou me concentrando em estudar mais sobre motos custom, entender melhor sobre peças e até um pouco sobre a parte mecânica, já que não posso pilotar.

Como decidi mudar o estilo da moto para algo entre um estilo cafe racer e com algumas características da moto Triumph Bonneville, alguns acessórios que possuo hoje acabaram ficando sem uso, e então decidi vender essas peças, anunciando nos grupos do Facebook que participo. E até o momento, consegui vender (sem muito esforço, pois é um item muito cobiçado) a bolha, ou para-brisa da moto para uma moça do Rio de Janeiro.

Para quem não conhece, cafe racer é um estilo parecido com esse:

E a Triumph Bonneville é essa moto:

Elas até que se parecem um pouco, mas a Bonneville é uma moto mais "gordinha" e tem um estilo bem retrô.
Já a cafe racer, que não é uma marca ou modelo específico de moto, mas sim um estilo, tem também esse ar de anos 50, e essa característica de ser "magrinha" e bem enxuta.
Como a minha moto é facilmente customizável e de baixa cilindrada, chamada também de "moto pequena", achei que poderia ser uma boa idéia fazer uma mistura do visual dessas duas motos acima, somado ao talento do pessoal da custom shop, que pelas poucas fotos que vi do resultado parcial do trabalho, são muito competentes e talentosos. Assim que eu pegar a moto, posto uma foto na página do Diário do Motoqueiro Novato no Facebook!

Voltando ao assunto das referências, decidi compartilhar com vocês os links das fontes em que eu tenho buscado informações, e muitas dessas fontes são motovlogs no Youtube.
Para quem não está familiarizado com o termo, motovlogs são videos que os motociclistas fazem, normalmente com câmeras próprias para filmar esportes radicais, presos ao capacete ou na própria moto, enquanto eles estão pilotando pela cidade.

Os motovloggers, ou seja, esses motociclistas que fazem e disponibilizam os videos de sua pilotagem na Internet, falam muitas vezes de algo pessoal ou sobre qualquer assunto que gostam de falar, mas sempre acabam dando dicas muito bacanas sobre pilotagem. Ou ainda acabamos aprendendo algo só de assistí-los pilotar, nem que seja para aprender algo do qual não devêssemos praticar, como ultrapassagens de risco ou andar na contra mão.

Os motovloggers que eu mais acompanho, em ordem dos que mais gosto, são:

Carlos Gonzalez
Eletroboy
Mike
Escape na Cidade

Carlos Gonzales é o meu preferido pois me identifico bastante com ele, tanto sobre a maneira como ele pensa e se expressa, como também pelo gosto musical. Em um vídeo ele menciona o nome de duas das minhas bandas favoritas, Fear Factory e Machine Head, e isso foi uma grande surpresa, pois eu mesmo conheço pouquíssimas pessoas que gostam desse tipo de música.
Além disso, desses motovloggers, ele é o que dá mais dicas bacanas de pilotagem, equipamentos e comportamentos atrás do guidão.

Eletroboy é um cara de Porto Alegre que vende produtos eletrônicos em sua loja virtual na Internet, e ele mesmo faz as entregas em sua cidade, que é quando ele grava a maioria de seus vídeos em cima de uma Honda Biz.
Em outras ocasiões, ele grava seus vídeos pilotando uma moto esportiva que eu não me lembro o modelo, onde ele participa de passeios com alguns amigos.
Normalmente o Eletroboy passa o tempo de seus vídeos filosofando sobre a vida e o comportamento do brasileiro contemporâneo, o que eu acho muito interessante e acho muito engraçado a maneira como ele fala, normalmente em um tom irônico, porém pacato e descontraído.

Mike é provavelmente o mais velho dos três, e se não me engano, é segurança de alguem ou algum estabelecimento.
Ele normalmente pilota uma moto esportiva, que eu acredito ser uma Fazer, mas não tenho certeza.
O Mike já adota uma pilotagem mais rápida, passando por corredores estreitos e em alta velocidade, porém ele é um motociclista bastante experiente, e suas dicas de pilotagem são muito valiosas.
Eu não entendo muito bem algumas coisas que ele fala, pois parece ser algo bem pessoal e que só quem o conhece na vida real ou acompanha frequentemente seu motovlog pode compreender, mas não deixa de ser interessante.

Escape na Cidade é o motovlog de um cara que pilota uma Harley Davidson, e embora acabe abordando assuntos do cotidiano, ele deixa bem claro que sua intenção é mostrar o dia a dia no trânsito de São Paulo, pilotando uma Harley Davidson.
O motociclista, Gustavo Durazzo, parece ser o dono de uma agência de publicidade, ou algo parecido com isso, e normalmente ele faz seus videos enquanto sai da zona oeste de São Paulo até a Zona Sul, no bairro de Moema, onde supostamente fica seu escritório.
Eu me identifico bastante com os pontos de vista dele, quando está falando de algo do dia a dia, mas não me apego muito aos assuntos específicos sobre a moto Harley Davidson, pois não possuo uma, pelo menos, não ainda. Quem sabe um dia...

Fora os motovlogs, tenho participado bastante dos grupos sobre a Intruder 125 que comentei no post da semana passada, então não vou repetir os links aqui, até porque são grupos específicos de um modelo de moto, então pode não ser tão útil para todos.

Eu me inscrevi em alguns foruns muito bacanas, a maioria deles focada em falar de motos custom, mas acaba entrando na mesma situação dos grupos de Intruder 125 por serem mais específicos, então não acho muito relevante compartilhar. Outro motivo é que esses foruns são muito pouco ativos.

A minha sugestão é que você pesquise grupos e páginas no Facebook por uma moto específica ou um assunto específico voltado para motos, e solicite a participação nos grupos e curta as páginas. O Facebook fará o resto e irá lhe sugerir assuntos semelhantes.

Bom, é isso que eu tinha para compartilhar essa semana, e se por acaso você tiver alguma outra fonte interessante relacionada a motos, compartilhe com a gente aí nos comentários, beleza?

Grande abraço e bom final de semana a todos!