sábado, 27 de setembro de 2014

Dando notícias: O que acham dessa mudança?

Fala amigos, tudo bom?

Como havia comentado na página do Facebook, estou com uma lesão nas costas, o que tem tirado literalmente o meu sono (embora eu já esteja bem melhor) e também porque tenho pensado em mudar o formato do blog para um vlog.

Vejam o vídeo com os detalhes e deixem seus comentários, ok?

Abraço!


domingo, 7 de setembro de 2014

Nova motoca! Um grande salto.

E aí gente, tudo bom?

Semana passada não escrevi nenhum post, pois tive uma idéia maluca, de fazer um vídeo ao invés de escrever, mas teve dias da semana que eu estava ocupado, e teve dias que fiquei com preguiça mesmo. Andei pensando, e achei que talvez seria uma idéia bacana converter o blog em um vlog, ou seja, ao invés de escrever no blog, fazer vídeos, mantendo o mesmo conteúdo. Não decidi ainda se farei isso ou não, mas estou pensando em fazer uma experiência. Gostaria de saber a opinião de vocês sobre isso, ou nos comentários, ou na página do Facebook, ou, pra quem me conhece, pessoalmente mesmo!

Estou escrevendo um artigo para uma revista de programação, e meu prazo para entregar o texto está acabando, então dediquei bastante do meu tempo nisso, e na verdade, ainda não acabei, embora falte pouco!
Um outro motivo, além da preguiça, é que, depois de pensar muito e fazer muitas pesquisas, decidi comprar uma nova moto, então estava super ansioso pra buscá-la na concessionária, o que aconteceu na última quinta-feira.

A moto é linda, uma Triumph Bonneville T100, com 865 cilindradas e 68 cavalos de potência, um baita upgrade em comparação com a minha Suzuki Intruder com 125 cilindradas e 11 cavalos!
A discrepância é tamanha, que, nas primeiras pilotagens, achei que fosse ser arremessado pra trás, já que qualquer toquinho no acelerador, a moto dispara, sem falar que ela pesa o dobro da Intruder e consequentemente, é mais dificil de manobrar.
A moto tem um estilo clássico, mantendo o mesmo design da moto originalmente construida na década de 50, porém, com tecnologia de ponta, com injeção eletrônica e tudo o mais. O ronco do motor é sensacional, sem ser barulhento demais (nada contra motores barulhentos, pois muitas pessoas gostam).


Bom, como aqui o assunto é compartilhar experiências de um motoqueiro novato, tenho certeza de que você, assim como todos os meus amigos e familiares, deve estar pensando, o que  é que um cara com menos de 1 ano de carteira de moto e pouco mais de 6 meses de pilotagem está fazendo com um motão desses. E é em cima desse ponto que eu gostaria de explorar para esse post.

Curso intensivo sobre motocas

Pra quem me conhece pessoalmente, sabe que eu entrei de cabeça nesse negócio de moto. Um grande amigo até comentou, que sabia que eu ia gostar de pilotar, mas que não imaginava que eu iria curtir tanto assim!
É verdade, eu mesmo fui pego de surpresa com isso. Mas hoje, pensando bem e analisando tudo o que se passou nesse tempo, lembro que fiz (e ainda faço) muitas pesquisas, participo de cursos de pilotagem, assisto videos, blogs, me envolvo em grupos de motoqueiros, converso com bastante gente que tem moto, e acima de tudo, observo diariamente o meu comportamento e o dos outros motoqueiros na rua.

Eu já não sou tão novo, comparado com outras pessoas que ingressam no mundo da pilotagem de motos, o que é uma grande vantagem por um lado, mas que também é prejudicial por outro.
Por ser mais velho, tenho experiência no trânsito, sou cauteloso, não corro (e não gosto de correr), além de ter pessoas próximas a mim que sempre andaram de moto, o que me dá uma boa vantagem como motoqueiro novato.

Contudo, por ser mais velho, tenho muitos vícios, práticas que nem sempre são as melhores durante a condução, sem falar que tenho mais medo do que um rapaz jovem, e logo demoro mais pra aprender certas manobras, e a fazê-las com perfeição. Um amigo que tirou carta logo depois de mim, que tem 10 anos a menos do que eu, me "alcançou" em muito pouco tempo, e diria até que ele me "ultrapassou"!
Além do mais, pessoas mais jovens tendem a aprender as coisas mais rápido, sem falar no corpo e condicionamento físico que, na maioria dos casos, também é muito superior, e a saúde do corpo influencia muito na pilotagem!

Mas ainda, justamente por ser mais velho, tenho mais facilidade em reconhecer essas falhas, e corrigí-las mais cedo. E isso somado ao número de informações que eu tenho pesquisado, e feito os testes na prática, me levaram a ter um curso intensivo da vida real na pilotatgem. 
Ainda assim, insisto em lembrar que eu tenho certeza de que tenho muito a aprender, e que até motociclistas experientes aprendem coisas novas todos os dias, então isso não quer dizer que eu ache que já sei tudo, o que sei o suficiente. Pelo contrário, como tudo na vida, quanto mais aprendemos, mais descobrimos que não sabíamos quase nada!

Impressões do dia a dia

Acredito que eu praticamente toda cidade brasileira haja trânsito, nem que seja em um horário específico.
A cidade de São Paulo é conhecida pelo Brasil todo por uma série de motivos, mas eu percebo que para a maioria das pessoas, São Paulo é sinonimo de trânsito caótico! E não estão enganados, embora eu acredite que muitas cidades, hoje em dia, tem um trânsito próximo ou igual ao daqui!

Há ainda vários tipos de motoqueiros, com vários tipos de motos, e com propósitos diferentes.
No meu caso, tudo o que eu queria era fugir do trânsito, e tmbém fugir do transporte público. Não que eu ache o transporte público ruim, mas eu estava passando muito tempo dentro do metrô ou ônibus, e estava chegando em casa estressado, geralmente por causa da viagem, e quase nunca por causa do trabalho (que eu sempre gostei muito e ainda gosto do que faço).

Com o passar dos dias, andar de moto virou um negócio muito prazeroso, e eu passei a passear aos finais de semana, chegando até a levar a minha esposa na garupa as vezes, embora ela não goste tanto quanto eu, ainda que ela me apoie na decisão de ter moto, mesmo ficando preocupada.
Então, sem querer, a moto ganhou mais uma vantagem pra mim, o que a colocou em uma posição bastante considerável na minha vida.

Por isso, por ser uma moto fraca, de baixa cilindrada, e que eu passei a usar para ir e voltar do trabalho, mas também para lazer, comecei a analisar alguns pontos:


  • A Intruder 125 é uma moto menos potente do que outras motos 125 cc, inclusive scooters;
  • Meu estilo de pilotagem é muito imcompatível com o de muitos motoqueiros, que em sua grande maioria, gostam de correr, ou por terem motos mais potentes, ou por serem motoboys, que são mais experientes, ágeis e audaciosos do que eu;
  • Existe um preconceito mascarado com motoqueiros de motos de baixa cilindrada, vindo principalmente de outros motoqueiros, pois motoristas de carro geralmente tem preconceito por qualquer motoqueiro, não importa a moto;
  • Motos de baixa cilindrada tendem a deixar a desejar em uma manobra rápida, e é nítido o esforço feito pelo motor quando se tem que acelerar acima dos 70 km por hora;
  • Por ser uma moto mais simples e econômica, as vezes tenho a sensação de que não estou muito seguro, pois a moto parece ser muito frágil. Isso provavelmente é coisa da minha cabeça, pois a moto é um espetáculo;

A decisão de mudar

Após reparar nesses detalhes, passei a analisá-los diariamente, e comecei a me sentir menos satisfeito com a moto, até que me dei conta de que o problema não era a moto, e sim o meu estilo de pilotagem é que havia tomado forma. E foi então que comecei a considerar comprar uma moto mais potente.
Por muitas semanas, relutei comigo mesmo, já que tenho uma moto muito prática, econômica, de baixa manutenção e super bonita, que além de ter um estilo clássico, eu a reformei pra ficar ainda mais bonita, mas aquela pequena instatisfação continuou a me incomodar. Então comecei a pesquisar motos, e já tinha em mente quais os requisitos eu gostaria de ter na futura motoca:

  • Estilo clássico (de novo);
  • Cilindrada entre 250 e 400 cc;
  • Que fosse ano 2008 ou superior, por conta de manutenção, peças e seguro;
  • Que não fosse muito "gorda", pois precisaria passar pelos corredores;
  • Que fosse de uma marca confiável para evitar surpresas no futuro;
  • Um valor intermediário, entre R$ 10.000 e R$ 15.000;
E foi então que comecei a entrar em pânico, pois acabou que a minha configuração ideal se tornou muito exigente, e acabei esbarrando em uma série de dificuldades:

  • Motos clássicas são geralmente custom, e praticamente todas elas são muito largas para o corredor;
  • As motos com a cilindrada e o preço que eu queria eram mais velhas do que 2008;
  • As motos com o design, cilindrada e preço de acordo com o que eu esperava eram de uma marca duvidosa;
  • O Brasil é carente de motos clássicas/custom intermediárias, ou seja, eu teria que sair de uma moto de R$ 5.000 para uma de R$ 20.000 usada ou R$ 30.000 nova;
Dadas essas circunstâncias, uni o útil ao agradável, e pensei que talvez poderia comprar uma Harley Davidson Sportster 883 usada, uma moto que atenderia a todos os meus requisitos, com as ressalvas de ter uma cilindrada maior do que eu previa, e custando um valor um pouco fora do meu orçamento.
Como todo bom brasileiro, comecei a fazer as contas de como poderia pagar por uma moto dessas, apertando um pouco o cinto daqui, economizando uma grana mensal dali, vender umas coisas que não uso mais, como meu video game Wii U (e que ainda preciso vendê-lo, inclusive), e conclui de que, com um certo sacrifício, seria possível comprar a tal motoca.

A outra, e única opção, além da Sportster, seria a Triumph Bonneville T100, que foi relançada pela Triumph há pouco tempo, e que custa a mesma coisa, ou um pouquinho menos do que uma Sportster nova.
A Bonneville tinha mais a ver comigo, pelo estilo, pelo conforto, pelo motor mais silencioso, e pra mim era a escolha perfeita, com um pequeno problema: As usadas custavam quase o preço de uma nova, diferente da Harley que, por estar no mercado há mais tempo, poderia ser comprada por um valor mais em conta.

Foram mais algumas semanas de estudos, análises, pesquisas e diálgos com muita gente, voltei a fazer cálculos, estudei meu orçamento repetidas vezes, até que conclui que faria sentido comprar uma Bonneville 0km, se eu pagasse uma parte do valor e financiasse o resto. Ficaria mais barato dar uma boa entrada ao invés de comprar uma moto de R$ 20.000 usada, as parcelas não compometeriam drasticamente meu orçamento e nem minhas responsabilidades financeiras, como cartão de crédito e outras contas mensais.

Depois disso, passei outras semanas pensando se seria o correto a fazer, e se eu não me arrependeria depois. Eu sei que não é todo mundo que tem condições de adquirir um bem como esse, mas mesmo eu podendo comprá-la, estaria dando um passo maior do que a perna, tanto no upgrade de motos, mas principalmente, financeiramente falando. Se pelo menos o governo não cobrasse 60% do valor do veículo em impostos...

A aquisição

Eu tinha os cálculos, eu tinha exatamente o que eu queria, eu fui coerente e responsável acima da minha empolgação, então decidi ir até a concessionária fazer um test ride (eu falo test drive, mas eles sempre me corrigem que moto é "ride").
Por mais que eu soubesse o que eu queria, nunca havia andado na moto, e quando andei, tirando o estranhamento de pilotar algo tão potente em relação ao que eu estava habituado, foi amor a primeira vista!

O vendedor fez uma proposta e "segurou" a moto pra mim por 3 dias, e então acabei fechando o negócio numa segunda-feira.
Após quase duas semanas, por conta da demora do DETRAN em liberar a placa e realizar o emplacamento, peguei a motoca!
Fiz o seguro e já saí da concessionária com ela protegida e segui subindo a avenida Morumbi em direção à avenida Ibirapuera rindo à toa quenem criança. Lembrei de quando minha mãe me deu uma caixa com um monte de Transformers de presente de Natal!


E agora, José?

Bom, tirando o caminho de volta pra casa, andei na moto poucas vezes. Saí com ela no mesmo dia a noite e dei uma volta até o começo da Avenida Paulista e voltei.
Na sexta feira, fui trabalhar de trem, pois deixei a Intruder no trabalho, cheguei em casa e não saí mais.
Hoje, sábado, fui no café da manhã que a concessionária da Triumph promove todos os sábados, e depois fui visitar um amigo, e andei pela Raposo Tavares, primeira vez andando numa estrada.

A idéia inicial era substituir a moto menor, porém, como essa moto é mais cara, mais pesada, menos versátil nas manobras e com maior consumo de gasolina, muitas pessoas tem me sugerido para ficar com as duas, e utilizar a Intruder no dia a dia, e a Bonnie (é assim que o pessoal chama ela por aí haha) pra lazer e finais de semana.
Eu ainda não me decidi totalmente sobre isso, mas a princípio é isso que pretendo fazer mesmo, até porque a Intruder dá pouquíssimo gasto, e realmente não faria muita diferença ficar com as duas, a não ser o fato de que, se eu a vendesse, poderia abater um pequeno valor da moto nova. Porém, como a Intruder é uma moto muito barata, nao sei se faria muita diferença, então vou tocando dessa maneira, e só o tempo vai dizer o que é melhor ou não. A vida é assim, estamos em constante aprendizado e transformações!

Minha recomendação

Apesar de tudo o que eu fiz, pensei e descrevi aqui no blog, não recomendo esses passos a ninguém. Primeiro, porque você deve seguir seus próprios sentimentos, estilo de pilotagem, orçamento e assim por diante.
Se você tem condições de pagar por uma moto desse valor ou maior, tenha um pouco de paciência, adquira mais experiência antes de pegar uma moto tão potente e pesada. Se dinheiro não for problema pra você, pense que essa moto corre muito mais, e as chances de sofrer um acidente provavelmente aumentarão. Além do mais, se uma moto de 300 kg despencar sobre sua perna, é bem possível que você não consiga se mover, e até se machucar.

Começar a pilotar com uma moto de baixa cilindrada é o ideal, pois qualquer erro que você venha a cometer será em baixas velocidades, ou pelo menos, bem mais baixas do que em motos maiores, e logo, o risco de se machucar é menor. Além do mais, motos de baixa cilindrada são geralmente "magrinhas" e leves, e consequentemente mais versáteis para se manobrar no trânsito.
Porém, eu consideraria como baixa cilindrada e recomendável para iniciantes, não apenas motos de 125 cc, mas entre 125 e 250 cc. As motos de 250 cc tem o dobro da potência, e obviamente exigem maior prudência na pilotagem, mas conforme você for evoluindo como piloto, elas se tornarão mais adequadas, pois o tempo de resposta na aceleração e frenagem (pelo que pesquisei, todas possuem frio a disco, o que nem todas as 125 tem) são superiores às motos 125cc.

Bom gente, isso é tudo o que eu tinha pra essa semana. O post ficou meio comprido, mas serve pra compensar o da semana passada que eu não escrevi.
Se tiverem dúvidas, perguntas ou quiserem corrigir algo que eu tenha dito, por favor, deixem seus comentários.

Abraço!