domingo, 20 de julho de 2014

Conheça a sua moto

Fala amigos, como vão? 
Tenho notado que o blog tem sido visitado com maior frequência, e confesso que ao mesmo tempo fiquei feliz e surpreso, pois não esperava nem metade dos acessos que tenho tido. 
Então, deixo aqui meu muito obrigado a vocês que dedicam um pouco do seu tempo pra ler o blog, e espero de coração que esteja sendo útil pra vocês!

Esse post será provavelmente o último pelas próximas duas semanas, ou talvez até três, pois vou estar fora de São Paulo a trabalho e não sei ainda como serão meus dias por lá. Uma coisa é certeza: eu não andarei de moto por 2 semanas, então certamente não terei novidades nesse período.
Ainda assim, sempre tenho coisas pra falar, pois acontece muita coisa durante a semana, e eu acabo fazendo um post deixando alguns assuntos de fora, senão os posts ficarão maiores do que já são!

Eu ainda estarei por aqui até domingo que vem, dia 27 de Julho, que é quando eu viajo, então se tudo estiver bem organizado para a viagem, eu devo conseguir fazer mais um post antes de ir. Vamos ver...

Falando em assuntos que ficam para trás, essa semana gostaria de falar sobre algo que venho aprendendo já há algum tempo, e que não foi sequer mencionado anteriormente pela minha falta de conhecimento, e que ainda conheço pouco: conhecer a moto.
E quando eu digo "conhecer a moto", me refiro a conhecer suas peças, sua função, suas limitações e vantagens.

Quando eu tinha 21 anos, consegui comprar meu primeiro carro, mesmo tendo que me comprometer com alguns meses de parcelas, mas quando se tem essa idade o esforço vale a pena para ter algo tão sonhado, pelo menos por mim.
O problema é que eu não entendia nada de carros, então recorri ao meu super herói preferido: meu pai!
Combinamos que um carro adequado seria um Gol, que tinha uma boa mecânica, não dava problemas e a manutenção era barata. Então, pedi para o meu pai comprar o carro pra mim, e eu só enviaria o dinheiro. Como se tratava de um carro usado, era importante ter alguem experiente para ver o carro, seus detalhes e imperfeições, coisa que eu não iria conseguir de jeito nenhum, então finalmente conquistei aquele sonho de adolescente!

Ao passo em que, exatamente como  meu pai explicou, o carro não dava nenhuma dor de cabeça, acabei ficando mimado e acomodado, pois nunca precisei me preocupar em entender muito da mecância do carro, me limitando ao básico.
Normalmente o carro é um veículo bastante seguro, com as peças bem protegidas, e geralmente só vemos o seu acabamento, pois o motor, tanque, freio e outras peças acabam ficando por debaixo desse acabamento.
Então, até hoje, com um carro mais moderno, embora ainda um Gol, a preocupação é ainda menor, pois a tecnologia do carro é muito superior à do meu Golzinho lá de 2001.

Quando peguei a moto, de cara, senti na pele a diferença entre um veículo com injeção eletrônica e um carburado. A moto tem mais dificuldade de "pegar" no frio, e tenho que deixar o afogador aberto por um tempo, e depois fechá-lo para o motor não afogar e morrer de novo.
Claro, esse exemplo não vale para todo mundo, pois muitas motos hoje em dia já têm injeção eletrônica, e talvez alguns de vocês não se sensibilizem tanto com essa situação tanto quanto eu.

Porém, há vários outros aspectos da moto que é muito importante que conheçamos. 
Diferente do carro, não todas, mas muitas motos tem algumas partes expostas, como motor freios, cabos e tanque do combustível. Além do mais, não importa o quão segura a moto seja, estamos indiscutivelmente mais expostos em uma moto do que em um carro, e termos conhecimento de suas peças e mecância faz toda a diferença nesse sentido.

Antes de ir além, quero deixar claro que eu mesmo ainda estou aprendendo sobre as peças, e, para evitar frustrações, saibam que não falarei muito (ou quase nada) sobre peças específicas ou mecânica. Então, se você está aguardando eu falar disso neste post, me desculpe. Eu também gostaria de saber mais haha.

Mas então, porque fazer um post dizendo que peças são importantes se não se vai falar sobre elas? Ou ainda, não queremos ou não temos tempo para aprender sobre essas coisas, e é muito mais prático deixar essa responsabilidade para o mecânico.
A resposta curta para todas as questões acima é que conhecer um mínimo pode lhe salvar a vida, ou, no pior dos casos, economizar uma grana!

Sem mais delongas, ultimamente tenho me focado no que considero o básico:
  • Rodas
  • Pneus
  • Motor
  • Freios
  • Amortecedores
  • Embreagem
É difícil dizer aqui o que é mais importante, então considero essas partes da moto de grande e mesmo grau de importância.

Rodas
As rodas são mais sofisticadas do que eu pensava, pois há uma série de outras peças ali que acabam passando despercebidas quando somos novos. Sem falar nas rodas com freio a disco que são ainda mais complexas. O que se deve prestar atenção é se os raios estão em ordem, caso a roda seja raiada, verificar ver se a roda não está danificada/arranhada, principalmente na região mais próxima ao pneu.
Também é legal reparar se não tem nenhuma parte enferrujada, não só na roda, claro.

Pneus
Tá bom, se eu fosse eleger uma parte mais importante, provavelmente priorizaria os pneus, afinal de contas, é a única parte que está em contato constante com o solo, e sendo constantemente usada, não importa o que você faça.
Os pneus, assim como praticamente todas as peças da moto, possuem um período de vida, e você deve trocá-los após esse período, não importa o quanto custe, e não importa o quanto você gostaria de gastar essa grana com o novo LP do Só Pra Contrariar!!! Sua vida depende desse pneu, então não economize!
Além disso, calibre o pneu toda semana. Veja qual é a calibragem adequada para o pneu dianteiro e traseiro (provavelmente é uma calibragem para cada um) e faça isso regularmente.
Aproveite essa parada semanal para dar uma inspecionada superficial, em busca de rachaduras e imperfeições.

Motor
Se você é novato e não é mecânico como eu deve estar se perguntando o que diabos podemos avaliar no motor. Bom, a primeira coisa que precisa ser feito é trocar o óleo e o filtro do motor regularmente de acordo com o modelo de sua moto. Isso deve estar no manual, ou você pode pesquisar na Internet, ou pergunte ao seu mecânico de confiança. É importantíssimo fazer as trocas de óleo dentro dos prazos.
Além disso, o que eu costumo fazer é reparar nas motos de mesmo modelo da minha e escutar o som de seus motores e escapamento, e comparar com o da minha. Não é muito efetivo, mas pode lhe dar uma pista de que algo possa estar errado, caso você repare que o som do seu motor é muito diferente dos outros.
Uma vez que você conheça o som do motor da moto, é possível julgar por si só se algo pode estar errado ou não. E claro, na dúvida, leve a moto ao mecânico imediatamente.
Ah sim, e por último, evite acelerar desnecessariamente. Pense que o motor é uma peça que está sendo utilizada tanto ou mais do que os pneus, pois ele continua girando quando estamos parados no semáforo, por exemplo. Se o motor parar, você dança. Se o pneu furar, ou a gasolina estiver na reserva, a moto ainda anda. Sem o motor, só na descida :)

Freios
Já falei por aqui sobre o uso dos freios. Eles são dispositivos muito engenhosos, pois temos o manete do freio que aciona cabos, que acionam os freios, que fazem a roda da moto perder velocidade.
Então, para nós, aquele simples movimento de pressionar o manete é quase que como uma mágica. Mas na verdade é engenharia pura, e das boas!
Se você for daquelas pessoas mais abençoadas, digamos, que tem condições de ter motos com freios ABS, pode ficar mais despreocupado, pois esses freios possuem uma tecnologia que praticamente faz o trabalho de frenagem para você, bastando apertar o manete!
Para motos sem freios ABS é importante frear gradualmente, primeiro porque se você frear de uma vez a roda irá travar e a moto vai derrapar. 
Mas também para manter toda aquele combinado de pecinhas funcionando corretamente, sem correr o risco de estragar nenhuma delas. Ou seja, não precisa entender muito pra saber que uma parte tão importante que faz a sua moto parar e é cheia de pecinhas precisa de cuidados 

Amortecedores
Nao tenho muito para falar aqui. Apenas pense que, se não fosse pelo amortecedor, se você passasse em cima do menor dos buracos, sua bunda estaria no seu pescoço agora!
Seu papel é claro: fazer os impactos entre o solo / moto / motociclista mais suaves. Não só eles suavizaram o impacto que você sente, evitando que se machuque, como também suavisa impactos na própria moto.
É importante notar barulhos de impacto quando passar em um buraco, ou se você não estiver se sentindo confortável, procure um mecânico e consulte na internet opções de amortecedores mais altos e/ou macios.
Os amortecedores fazem parte do seu conforto durante a pilotagem, logo esse conforto compromete diretamente a sua facilidade de pilotar.

Embreagem
Como sempre, essa parte pode não ser muito relevante para aqueles que possuem scooters, pois na sua maioria, não é preciso trocar de marcha, bastando apenas acelerar.
O motivo de eu ter adicionado a embreagem nessa lista é que foi a parte que eu mais demorei para aprender a usar de maneira adequada, e ainda acho que as vezes eu piso na bola com ela.
Assim como o manete do freio, o da embreagem percorre um caminho maluco por sua moto. Ele está conectado a um cabo, que faz com que o trocador de marcha fique folgado para que então você possa mudar a marcha da moto. Mas não acaba por aí! Quando você finaliza a troca de marchas, precisa soltar a embreagem, e só então o motor passará a trabalhar na nova marcha. Percebe como é um pouco mais complexo do que o freio (pelo menos, aparentemente)?
O lance da embreagem é que o tempo em que você faz as trocas e a suavidade em que você a solta são importantes pra caramba. Primeiro, é importante acionar a embreagem totalmente, de maneira a não deixar a marcha "raspar", prezando assim pela conservação da peça.
Depois da troca de marcha, vem a parte que eu acho difícil: soltar gradativamente a embreagem, e ao mesmo tempo, fazer isso de forma rápida. Precisa ser rápido, pois não podemos perder velocidade, senão o aumento da marcha será prejudicado e o motor fará mais força do que devia. Precisa ser suave, pois se você soltar a embreagem de uma vez, vai dar um tranco no processo todo, podendo prejudicar a corrente, a roda, o motor, enfim, vai dar um tranco em partes que eu nem conheço direito ainda.

Caramba, você ainda está lendo! Então, vamos terminar logo com esse post, antes que você desista!
Procure dar uma olhada nas partes de ferro da moto, como bagageiro, guidão, etc. Muitas dessas partes podem ser trocadas, alteradas por nós mesmos, sem muito conhecimento.
Se já não possuir, procure comprar ferramentas para desparafusar essas partes. O legal da maioria das motos é que muitas peças são fáceis de colocar e muitas peças alternativas podem ser usadas, sendo que as vezes, peças paralelas servem melhor do que as originais, dependendo do propósito.

Como já comentei antes, minha moto é uma Suzuki Intruder 125, custom, então é muito comum fazer modificações nela, e eu entrei nessa brincadeira de mexer na moto. Obviamente fiz poucas mudanças, mas pretendo fazer um post sobre isso com mais detalhes algum dia.
É uma experiência bacana, e creio que todos deveriam tentar soltar alguns parafusos ao menos uma vez, pois senti que isso aumentou consideravelmente o meu entendimento do veículo.

Pra fechar, segue uma foto da motoca, do jeito que está agora! Valeu pessoal!

2 comentários:

  1. William... Minha ex-Moto ficou show.. parabéns pelo bom gosto... Abs - Amauri

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    1. Legal que gostou, Amauri. Estou tentando cuidar bem dela tão bem quanto você cuidou.
      Abraço!

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