domingo, 6 de julho de 2014

Novo caminho, novos desafios

Fala pessoal, como vão? Estão curtindo a Copa e o Brasil chegando nas semi finais?
Na última sexta-feira fomos dispensados às 15 horas para podermos assistir ao jogo da seleção, bem como grande parte das empresas fizeram. Eu nunca havia visto a avenida Berrine tão deserta!

Como já havia comentado antes, essa foi a primeira semana no trabalho novo, e com ele, o caminho novo, o que gera uma certa preocupação quando se é um novato na arte de pilotar motos!
Foi uma semana curta, pois comecei na terça-feira e ainda por cima saimos mais cedo na sexta, então não cheguei a trabalhar nem uma semana inteira, o que de certa forma não acaba sendo tão ruim, já que os primeiros dias em um novo trabalho normalmente são meio complicadas mesmo.

Apesar do novo e desconhecido caminho (de moto, pelo menos, pois de carro, já estava familiarizado com a avenida) acabaram ficando ao meu favor uma distância menor e um local de trabalho mais próximo de casa, e com isso, tenho saído de casa mais tarde e chegando mais cedo, pelo menos até minhas tarefas começarem a aumentar.

Para evitar grandes surpresas, dei uma volta no trajeto novo na semana retrasada, embora tenha sido em um horário bem diferente dos horários em que eu fosse pilotar no dia a dia.
Talvez seja porque eu seja inexperiente, mas andar em um local novo de moto parece não ser tão simples quanto de carro.
Um asfalto mais acidentado ou sujo não é tão preocupante quando estamos de carro, mas pode ser crucial quando estamos de moto. Então, no começo da semana, andei bem cauteloso tentando estudar e me habituar ao asfalto da avenida dos Bandeirantes.
No final das contas, ou pelo menos até o momento, não houve nada muito diferente ou pior do que a avenida 23 de Maio, salvo pelas faixas da direita, onde trafegam caminhões e outros veículos pesados, o que deixa o asfalto com mais acidentes e abaulamentos (procurei no google e parece que essa palavra existe. Me corrijam se estiver errado, por favor).

Além de estudar o asfalto, tive que me preocupar também com os carros, o novo corredor, que é mais largo e com o comportamento dos motoristas.
Até aí, sem muitas surpresas, pois a maioria dos veículos ficam tranquilamente enfileirados, sendo que eventualmente algum motorista tenta trocar de faixa, em sua grande maioria, sinalizando com seta direitinho, embora um ou outro ainda se aventura a entrar repentinamente na frente das motos que vêm pelo corredor.

O corredor em si parece mais tranquilo por ser mais largo, mas meus instintos me dizem que ele também pode ser traiçoeiro.
A primeira coisa que desperta minha atenção é o volume de carros que parece mais denso do que na 23 de Maio, até porque a avenida dos Bandeirantes é repleta de semáforos, o que faz com que os carros permaneçam um bom tempo parados. Isso me causa a impressão de que estou correndo mais, já que estou em alta velocidade, considerando que meus colegas motoristas estão completamente parados.
Eu ainda esqueço às vezes que não estou de carro, e reduzo a velocidade quando vejo que os carros estão freando. Vejo isso de maneira positiva, pois se os carros estão freando, seja lá qual for o motivo, pode me comprometer na sequência, seja um semáforo ou um acidente, o motoqueiro precisa estar SEMPRE prevendo as atividades do trânsito, principalmente se a visibilidade estiver comprometida, seja por veículos altos à frente ou dos lados, como curvas, onde simplesmente não dá pra ver o que está acontecendo depois daquele amontoado de carros!
Então, tenho mantido minha atenção nesses detalhes, sempre digirindo a uma velocidade confortável, no máximo (quase nunca) a 60 km/h.

Bom, somando todos esses aspectos, do corredor pseudo traiçoeiro, dos semáforos, do trânsito mais denso e da velocidade mais controlada, me deparei com uma surpresa: os outros motoqueiros...
Assim como acontecia quando eu ia pela 23 de Maio, tem muito mais motos à tarde do que pela manhã, porém, ali na Bandeirantes o movimento de manhã parece ser um pouco maior do que o da 23, talvez por ser uma via mais estreita.
Tive a sensação de que as motos que fazem aquele trajeto são mais novas e potentes, e muitos motoqueiros pilotam em um ritmo semelhante ao meu, ou seja, uma pilotagem mais branda. Só que o número de motoqueiros que correm não diminuiu em relação à 23 de Maio, o que causa uma grande mistura de estilos de pilotagem.

Eu ainda tenho o agravante de ter uma moto fraca, que tem aceleração lenta, e por ser 125 cc não tem uma performance tão arrojada quanto ao das outras motos, e isso acaba incomodando os mais apressados.
Desde que peguei a moto, muitas pessoas me dão a dica de não ficar desesperado quando houverem motoqueiros te apressando, e eu tenho tentado seguir essa dica sempre que possível. Digo isso pois alguns motoqueiros ficam muito impacientes, e acredito que esse descontrole emocional momentâneo pode prejudicar o trânsito e a mim, caso ele tente uma ultrapssagem perigosa ou qualquer outra besteira. Houve alguns casos de o cara ficar fazendo zigue-zague atrás de mim e buzinando intermitentemente até que ele tivesse espaço para me ultrapassar ou que eu saísse do corredor para que ele passasse.

Como aprendi com o Carlos Amaral, o incomodado é o cara que está com pressa, logo, ele é que tem de se mexer, não eu. Embora eu concorde totalmente com essa teoria, no corredor, os motoqueiros não têm para onde ir, até que abra um espaço entre os carros, o que raramente acontecerá. Então, eu que não tenho pressa, prefiro sair da frente e deixá-los passar.
Não estou apostando corrida com ninguém, e o simples fato de eu estar de moto já me dá uma vantagem enorme em relação aos carros, e mesmo que eu esteja a 40km/h no corredor, chegarei em casa muito mais rápido do que se eu estivesse de carro. É uma pena que outros motoqueiros não pensem assim... paciência...

Concluindo o raciocínio, enquanto formos motoqueiros novatos, acredito que vale a pena tomar bastante cuidado com locais desconhecidos, analisar o asfalto, as sinalizações, o comportamento dos motoristas e motoqueiros e SEMPRE tomar MUITO cuidado com os corredores. Lembre-se que o livre arbítrio sempre se sobressairá em relação às leis de trânsito, e o ser humano é uma grande caixinha de surpresas, capaz de cometer os atos mais inimagináveis nas horas mais inimagináveis.

Procure sempre colaborar com o trânsito. Se você estiver sendo pressionado por um cara apressado, procure dar-lhe espaço e deixe-o ir embora. Não acelere mais do que você possa se garantir para não colocar a si próprio em risco. Além do mais, nunca saberemos o porquê daquele cara estar com pressa, então não será possível avaliar se ele está certo ou não. No final das contas o que vale é a nossa segurança e a segurança de todo o trânsito.
Pensemos todos, motoqueiros, motoristas, ciclistas e pedestres, que QUALQUER problema no trânsito, seja com você ou não, irá comprometer a TODAS as pessoas que estão ali, e todo mundo sairá perdendo, uns mais, outros menos, uns culpados, outros inocentes, ainda assim, todos prejudicados.

Uma ótima semana a todos, e que vença o melhor time na próxima Terça-feira!

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